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12/12/2024

Destaques

30 anos da queda do muro de Berlim

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Apóstolo a queda do muro de Berlim, como os países da antiga União Soviética lidam atualmente com os cristãos locais

Em 9 de novembro de 1989, o mundo mudou. O muro de Berlim, o símbolo mais visível da divisão entre Ocidente e Oriente, caiu enquanto as pessoas afirmavam seu desejo por liberdade. Porém, essa liberdade não resolveu todos os problemas para a igreja. Quando as fronteiras, após a queda do muro de Berlim, foram abertas, outras coisas também puderam entrar: seitas religiosas, literatura pornográfica, traficantes de drogas e a máfia.

Isso fez com que o interesse em Deus, na Bíblia e na igreja diminuísse após a queda do comunismo. O novo materialismo se tornou uma tentação. O Irmão André reflete: “A pressão externa fez os cristãos ficarem juntos durante a existência da União Soviética, a liberdade trouxe uma quebra na união. De certa forma, se tornaram como a igreja do Ocidente. Nós temos uma mensagem para suas falhas quando nós mesmos temos falhado?”.

Nova esperança, novas restrições
Alguns velhos hábitos são difíceis de deixar para trás. Isso pode ser visto com a prisão de pastores e líderes cristãos em países da Ásia Central que fizeram parte da União Soviética. A liberdade religiosa é restrita em muitos desses lugares por meio da presença de comitês religiosos, da influência dos serviços de segurança, além da ênfase no registro de igrejas e da introdução de legislação religiosa restritiva.

A passagem para a Alemanha Ocidental só abriu oficialmente em 22 de dezembro de 1989

Em partes, isso tem sido incitado pelo crescimento do islamismo militante. Após a queda do muro de Berlim, muçulmanos de nações ricas em petróleo usaram sua riqueza para reabrir mesquitas e treinar novos mulás (homens muçulmanos educados na teologia islâmica e lei sagrada) na Ásia Central. A Arábia Saudita doou um milhão de Alcorões para a Ásia Central soviética. Apesar das sérias restrições à religião, a militância islâmica está crescendo em todos os estados dessa região.

A igreja atual
Mas a igreja também está crescendo desde que o muro de Berlim ruiu. Em 1989, havia menos de mil igrejas cristãs entre as populações tradicionais cristãs da Ásia Central. Dificilmente havia algum cristão no Turcomenistão, Uzbequistão ou Tajiquistão. Mas desde então, a igreja indígena ganhou vida e a Bíblia e livros cristãos estão sendo traduzidos para essas línguas. No Azerbaijão, Chechênia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão agora há centenas ou mesmo milhares de cristãos indígenas. Onde havia não mais que um evangelho na língua nacional, agora há Novos Testamentos e até mesmo Bíblias completas.

Por conta da perseguição, os cristãos de diversos países que faziam parte da antiga União Soviética, realizam cultos domésticos para evitarem suspeitas

A Ásia Central tem visto um avivamento maravilhoso e notável, que teve início na época da abertura, após a destruição do muro de Berlim. Estima-se que haja 320 mil cristãos ex-muçulmanos nesses países, fora a população cristã tradicional. Graças a seu apoio e oração, a Portas Abertas continua trabalhando na região, provendo ajuda emergencial para cristãos locais quando colocados na prisão, excluídos das famílias e comunidades, e privados de sustento e emprego por causa da fé em Cristo. Nós também os fortalecemos por meio de distribuição de literatura, treinamento bíblico, treinamento específico, defesa e treinamento jurídico, orientação vocacional, ajuda para os cristãos começarem pequenos negócios e ministérios de presença e oração.

Pedidos de oração

  • Ore por nossa família cristã nos países da Ásia Central que fizeram parte da União Soviética, antes do muro de Berlim ser derrubado.
  • Peça a Deus que eles sintam a paz de Deus em diferentes circunstâncias.
  • Interceda para que mantenham a paixão por seguir a Jesus e pelo ministério.
  • Clame para que estejam aptos a resistir à pressão e vencer as dificuldades.