O Facebook há muito tempo busca sua atenção. Nas últimas semanas, começou a pedir suas orações também em uma nova ferramenta agora disponível para os grupos da plataforma nos Estados Unidos em abordagem direcionada à comunidade religiosa, diz a empresa.
O Facebook vê esses fiéis como uma comunidade vital para impulsionar o engajamento na maior plataforma de mídia social do mundo.
Já em 2017, o presidente executivo Mark Zuckerberg citou as igrejas como exemplo em um longo manifesto sobre conectar o mundo. A rede social criou uma equipe focada em ‘parcerias de fé’.
A covid-19 deu nova urgência aos esforços, disse a diretora de parcerias religiosas do Facebook, Nona Jones, à Reuters em entrevista.
O novo produto de orações foi lançado depois que a empresa viu um aumento no número de pessoas pedindo orações umas às outras durante a pandemia, disse Jones, que também é pastora no Estado americano da Flórida.
O alcance culminou na primeira cúpula virtual da fé da empresa com líderes religiosos no mês passado.
Durante o evento transmitido ao vivo no Facebook Live, no qual a empresa reproduziu vídeos com emojis de coração flutuando pela tela enquanto os líderes religiosos ministravam às suas congregações, a diretora de operações Sheryl Sandberg discutiu um futuro onde os líderes envolveriam os fiéis com ferramentas de realidade virtual e realidade aumentada.
No final de maio, o Facebook tornou sua ferramenta de oração, que vinha testando com algumas comunidades religiosas, acessível para todos os grupos do Facebook nos Estados Unidos.
Em um grupo privado visto pela Reuters, uma mulher usou a ferramenta para solicitar orações para uma tia doente com coronavírus. As pessoas responderam clicando em um botão para dizer “Eu orei” e seus nomes foram contados abaixo.
Os usuários podem escolher ser notificados com um lembrete para orar novamente. Outros pediram orações pelo coração partido de uma filha, teste de direção de um filho e problemas com uma seguradora.
Os posts confirmando oração são usados para personalizar anúncios no Facebook, como outros conteúdos.
Um porta-voz disse que os dados podem contribuir para a forma como os sistemas de aprendizado de máquina do Facebook decidem quais anúncios mostrar aos usuários.
Os anunciantes não serão capazes de direcionar anúncios diretamente com base no conteúdo da oração ou no uso do recurso, disse.
O uso de ferramentas de oração não seria considerado nas categorias que os compradores de anúncios já usam para dividir as audiências do Facebook com base em um interesse demonstrado em tópicos como “fé” ou “Igreja Católica”.
No início da pandemia, o Facebook enviou “kits iniciais” de equipamentos como pequenos tripés e suportes de telefone para grupos religiosos para transmissão ao vivo e conteúdo de filmagem enquanto locais de culto fechavam.
Lançou um site de recursos religiosos com cursos de e-learning e questionários sobre as melhores práticas.
Este ano, começou um Conselho Consultivo Interreligioso para realizar reuniões regulares com líderes religiosos e educadores.
Além de consultar líderes religiosos (que disseram à Reuters que suas listas de desejos para o site incluíam ferramentas de planejamento de igrejas e emojis mostrando formas mais diversas de adoração), o Facebook tem escolhido os cérebros de organizações que já administram grandes plataformas online de fé, como a megaigreja evangélica Life. Church, disse o pastor Kyle Kutter.
Fonte: https://www.gp1.com.br/