Cerca de 200 mil cristãos se reuniram na aldeia de Borum, no estado de Arunachal Pradesh, nordeste da Índia, para protestar contra a Lei de Liberdade Religiosa, conhecida como “lei anticonversão”. O encontro ocorreu na semana passada e foi organizado pelo Fórum Cristão de Arunachal Pradesh.
O grupo Christian Solidarity Worldwide (CSW), do Reino Unido, divulgou um comunicado relatando o evento. Segundo a entidade, a lei tem sido criticada por afetar principalmente a comunidade cristã.
A legislação, aprovada em 1978, permaneceu inativa até setembro do ano passado, quando o Tribunal Superior de Gauhati determinou que o governo estadual finalizasse as normas para sua aplicação. O prazo termina neste mês.
A lei proíbe conversões religiosas obtidas por coerção, indução ou fraudes. Quem desejar mudar de religião precisará de autorização oficial. Cristãos alegam que a medida fere o direito à liberdade religiosa e atinge de forma desproporcional sua comunidade, que representa 30% da população local.
Líderes cristãos pediram ao governo a revogação da lei em reunião realizada em fevereiro, mas foram informados de que a decisão do tribunal deve ser cumprida. O Fórum Cristão prometeu continuar os protestos.
Setores hinduístas defendem a lei, alegando que conversões ameaçam a cultura tribal local. Recentemente, grupos favoráveis à norma organizaram uma marcha para exigir sua implementação.
Atualmente, 11 estados indianos possuem leis semelhantes. Embora os nacionalistas hindus aleguem que há conversões forçadas ao cristianismo, poucas pessoas foram condenadas sob essas leis, e as condenações seguem em apelação.
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