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Para Benjamin Netanyahu esse é o primeiro passo para a transferência da embaixada brasileira
Por Cris Beloni
Durante sua visita oficial a Israel, no domingo (31/03), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a abertura de um escritório diplomático em Jerusalém. “O Brasil vai abrir um escritório para a promoção de comércio, investimentos e intercâmbio em inovação e tecnologia”, afirmou em suas redes sociais.
Logo após as eleições, ele havia prometido a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém. Por enquanto, a embaixada continua em Tel Aviv, mas o escritório é visto como o “primeiro passo”, de acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A decisão de Bolsonaro tem sido motivo de grandes discussões entre especialistas internacionais. Comentaristas políticos afirmam que o presidente, como evangélico, está colocando em prática sua crença religiosa, já que a Bíblia diz que Jerusalém deve ser habitada pelos judeus.
Conforme reportagem de Nagib Nassar, da revista Época, “com a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém, o Brasil perde seu crédito como mediador no Oriente Médio e entre palestinos”. Isso por que não terá mais privilégios e boas relações com dezenas de países árabes e islâmicos que consomem e importam produtos brasileiros.
Mas essa não parece ser a maior preocupação do presidente. Como ele mesmo já havia afirmado: “Não vejo clima pesado em transferir a embaixada para Jerusalém. Respeitamos o povo árabe e não queremos ter problemas com ninguém. Apenas queremos comercializar com o mundo todo e buscar vias pacíficas para resolver essas questões”, conclui.