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Pesquisa afirma que cerca de 113 milhões de pessoas no mundo vivem em situação de “insegurança alimentar severa”
Por Cris Beloni
De acordo com o Relatório Global sobre Crises Alimentares, divulgado ontem (2), a insegurança alimentar severa vem aumentando pelo terceiro ano consecutivo. O clima e os desastres naturais levaram mais 28 milhões de pessoas à situação de fome. Há dezenas de países afetados por conflitos ou insegurança.
Entre eles, Afeganistão, Etiópia, Síria, República Democrática do Congo, Nordeste da Nigéria, Iêmen, Sudão e Sudão do Sul, são responsáveis por 64% do número total de pessoas que enfrentam a fome. O termo “crise alimentar severa” usado nesse estudo define “uma fome tão grave que ameaça a vida”.
A pesquisa, que é produzida anualmente por parceiros humanitários e de desenvolvimentos internacionais, adverte que milhões de outras pessoas correm o risco de enfrentar o mesmo destino, se as causas das crises da fome não forem abordadas.
Detalhes sobre o Relatório Global
Das 74 milhões de pessoas que sofrem de fome crônica, cerca de 33 milhões vivem em países africanos e mais de 27 milhões em nações orientais, contando com Iraque, Palestina, Síria e Iêmen.
Outros 13 milhões de pessoas estão em países da Ásia e um milhão na Europa Oriental (ou Leste Europeu), que normalmente são países de regime comunista. Autores do relatório apontaram que a Coreia do Norte e Venezuela são casos particularmente preocupantes.
Os dados e as análises regionais e nacionais, vindas de várias fontes, servem para fornecer uma visão abrangente da situação mundial. O objetivo é despertar ações humanitárias para socorrer essas pessoas e acabar com a fome delas.
Essa necessidade de buscar uma solução cresceu 127% em dez anos. Especialistas alertam que esse crescimento só ilustra o quanto é necessário encontrar uma nova maneira de responder aos desafios presentes. Para eles, o desenvolvimento agrícola tem um enorme potencial para amortecer as crises futuras.