Um recente estudo realizado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revelou que a Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre o final da década de 1990 e o início da década de 2010, demonstra menos interesse em cenas de sexo explícito nos programas de televisão e filmes que assistem.
A pesquisa, que contou com 1.500 entrevistados com idades entre 13 e 24 anos, apontou que quase metade deles (47,5%) considera que o sexo não é necessário na maioria dos conteúdos audiovisuais, enquanto 44% acham que os enredos românticos são excessivamente recorrentes.
Os resultados do estudo também mostraram que a maioria dos entrevistados (51,5%) deseja ver enredos centrados em amizades platônicas, sugerindo um interesse crescente por relacionamentos não românticos nas narrativas televisivas e cinematográficas.
A Dra. Yalda T. Uhls, uma das coautoras do estudo da UCLA, destacou que a preferência por menos cenas de sexo na mídia não se traduz necessariamente em aversão a relacionamentos. Em vez disso, os jovens da Geração Z estão buscando uma diversidade de tipos de relacionamentos refletidos nas histórias que consomem. Uhls explicou que isso pode ser resultado da chamada “epidemia de solidão” que afeta muitos jovens, levando-os a desejar conteúdos que espelhem sua fase de vida.
A Dra. Uhls observou que embora algumas narrativas usem o sexo e o romance como um meio de conectar personagens, é crucial que a indústria do entretenimento reconheça o anseio dos adolescentes por histórias que abordem uma ampla gama de relacionamentos.
Esses achados emergem em um momento em que a indústria cinematográfica e televisiva, notadamente com séries como “Euphoria” e “The Idol” da HBO, intensifica a representação de conteúdo sexualizado. A pesquisa da UCLA faz referência à cantora e compositora Olivia Rodrigo, que recentemente expressou seu desejo por filmes que se concentrem nas mulheres de uma forma que não seja sexualizada ou que não aborde apenas sua dor e traumatização.
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