CEO do canal Anima Gospel, André Fellipe, destaca a produção como fundamental para adultos e crianças; filme ganhou o prêmio de melhor animação do ano e propõe debate sobre simplicidade e propósito da vida
Valorizar as coisas simples do dia a dia talvez seja a principal mensagem que a mais nova produção da Disney tenta passar. Depois de conquistar o mundo de um jeito leve e divertido, o longa Soul foi premiado, no último dia 10, pela Critics Choice Super Awards, como melhor animação do ano. Mas, para além das premiações e do sucesso de críticas, a produção tem provocado uma série de discussões filosóficas entre internautas e levantado a questão: qual é o propósito da vida?
Longe de querer responder à pergunta, o animador e missionário André Fellipe ressalta a necessidade de mais conteúdos do tipo para a formação de crianças e para orientação de adultos.
“Muita gente não leva a sério quando o assunto é animação, e pensa que, por ser desenho, é coisa de criança, mas esse filme mostra o contrário. A mensagem é muito mais direcionada ao público adulto do que para crianças, sobretudo depois de um ano tão complicado como 2020 em que passamos a valorizar mais as coisas simples e necessárias à vida”, aponta.
André Fellipe, que é CEO do canal de animação Anima Gospel, que hoje conta com mais de 1,3 milhão de seguidores por todo o mundo, também comenta sobre os desafios do setor de animação e como é a rotina de trabalho dos profissionais da área.
“Criar conteúdo é sempre um desafio, mas, no nosso caso, nos pautamos sempre pelas mensagens de Deus, ou seja, temos a Bíblia como referência, mas, para além disso, sabemos que precisamos fazer um trabalho atrativo e que alcance o maior número de pessoas possíveis pelo formato que passamos as mensagens”, afirma. “Para isso, temos uma equipe de profissionais preocupada em acompanhar as tendências de mercado, quais tecnologias estão sendo criadas e usadas”, finaliza.
Todos os dias, o Anima Gospel divulga vídeos produzidos por uma equipe de profissionais de animação, legendagem, edição e locução. O material religioso alcançou cristãos de outros países, como Estados Unidos, Angola, Moçambique e Portugal.
Raphael Lucca – MF Press Global Pauteiro
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