Segundo dados do Centro de Estudos Sou_Ciência, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e do Instituto Ideia, apenas 9,8% dos evangélicos completaram o esquema vacinal, incluindo a dose bivalente, em comparação com 24% dos católicos que chegaram à quinta dose.
Essa discrepância reflete um fenômeno preocupante de resistência à vacinação entre os evangélicos, revelando que apenas 24,7% deles tomaram as duas primeiras doses, enquanto 33,6% dos católicos já estão nessa etapa. Além disso, o estudo aponta que 6,4% dos evangélicos não receberam nenhuma dose, em contraste com apenas 2,2% dos católicos.
Um dos fatores que mais chama a atenção é a alta taxa de desconfiança nas vacinas entre os evangélicos, com 53,2% deles afirmando “não confiar nas vacinas”, em comparação com 9,1% dos católicos que compartilham dessa opinião. Quando questionados sobre os motivos de não terem completado o esquema vacinal, 23,1% dos evangélicos alegaram ter “deixado de confiar nas vacinas”, enquanto entre os católicos esse número é de 12,2%.
Os dados alarmantes foram obtidos por meio da “Pesquisa de Opinião Covid-19, Vacina e Justiça”, que ouviu 1.295 entrevistados via telefone celular em todas as regiões do país, com idade igual ou superior a 18 anos. As entrevistas ocorreram entre os dias 5 e 10 de julho, com um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 3%.
Eleitores de Lula se vacinaram mais que os eleitores de Bolsonaro
A análise dos dados da pesquisa em relação aos números de votos no segundo turno das eleições de outubro do ano passado revelou uma diferença significativa na vacinação entre os eleitores de Lula e Bolsonaro.
Os eleitores de Lula receberam 38% mais doses de vacinas contra a Covid-19 do que os de Bolsonaro. Foram aplicadas aproximadamente 212 milhões de doses em lulistas e 154 milhões de doses em bolsonaristas, uma diferença de 58 milhões de doses.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes