O tatuador Fernando Franco de Oliveira realizou mudanças radicais em seu visual. Dono de um estúdio em Tatuí, no interior de São Paulo, ele já tatuou 99% de seu corpo e realizou uma série de modificações corporais. A mais recente delas, a remoção da maior parte do nariz, o fez ganhar destaque na imprensa internacional, sendo chamado até de o “orc brasileiro”.
Caveira, como é mais conhecido hoje, se orgulha de ter recebido um prêmio por ser o homem mais tatuado do Brasil. Segundo ele, apenas as solas de seus pés não possuem algum desenho.
“Estou lacrado. A pele dos pés é muito grossa, é muito difícil de pegar tatuagem. Mas se alguém tentar arrancar meu ranking, vou tatuar as solas dos pés nem que seja com uma lixadeira. Esse certificado não sai daqui de casa”, contou, em entrevista ao UOL.
Antes de ficar fascinado por tatuagens, ele trabalhava como soldador. Entretanto, por conta de um acidente de trabalho, acabou se aposentando como pessoa com deficiência e refletiu sobre que rumo sua vida tomaria a partir dali. Em 2014, ele começou a cobrir seu corpo de cima a baixo, incluindo os globos oculares e a figura favorita, uma caveira, acabou virando seu apelido.
“Até então, meu nome era Fernando. Um dia, no meu estúdio, decidi que tinha que ter um apelido. Falei para os meus colegas começarem a me chamar de Caveira. Agora é só Caveira. Muitos amigos me trazem copos de caveira, vão à praia e compram cara de caveira, já tentaram até roubar crânio de caveira do cemitério para mim, mas isso aí, sai fora!”
Mudanças faciais
A ideia da caveira, aliás, serviu como inspiração para outras mudanças ainda mais radicais que Fernando começou a realizar, sobretudo em seu rosto.
“Na pandemia, vi que os caras começaram a fazer modificações e falei: quer saber? Já sou o cara mais tatuado do Brasil. Também quero ser o mais modificado. Botei orelhas de orcs [monstros mitológicos vistos em ‘O Senhor dos Anéis’], botei dentes de vampiro e mutilei meu nariz”, afirma ele, com ênfase no nariz. “Decepei o nariz inteiro”.
Ele diz que seu desejo é se tornar um dos homens mais modificados do mundo e relata que já gastou entre R$ 35 mil e R$ 40 mil nas alterações que fez em todo seu corpo. Caveira também garante que não teve medo de nenhum dos procedimentos que realizou.
“Não me arrependo das coisas que fiz na minha vida. Por exemplo, não tem como meu nariz voltar mais. Tem que realmente gostar, e amo! Onde vou, 70% das pessoas pedem para tirar foto comigo. Vou em uma praia, todo mundo quer tirar foto comigo.”
O tatuador destaca o número com positividade, uma vez que, dos outros “30%”, ouve que seria um “satanás” ou “capiroto”. Ele reconhece a reação como uma consequência de sua aparência e enfatiza que não se abala com os comentários.
“Não estou nem aí. Fale mal, fale bem, mas fale de mim!”
Caveira fica feliz ao lembrar que já participou de diversos programas de televisão, em emissoras como Record e RedeTV!. Mas também há outro tatuador que vem chamando a atenção da mídia: o Diabão de Praia Grande, Michel Praddo, que também realizou uma série de modificações em seu corpo.
Porém, Oliveira é firme em sua crença de que, no pódio, estaria acima. “Ele tem aquela aparência dele lá, mas, se você olhar atrás na cabeça dele, não tem tatuagem. Para mim, isso não conta. Eu estou acima, tenho meu certificado no ranking, tenho o corpo inteiro tatuado, as modificações que ele fez, também fiz”, garante.
E ele enfatiza: não pretende parar as mudanças
“Vou colocar mais implantes de chifres na cabeça, tatuagens que cortam a pele e deixam cicatrizes. Não vou parar, para a alegria do Diabão”, provoca.
Fonte:https://fatosestranhos.com.br/