O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, por meio de um decreto executivo, encarregou o Ministério da Cultura de proibir a “linguagem neutra” em projetos financiados pela Lei Federal de Incentivos à Cultura.
“É proibido o uso direto ou indireto do que se convencionou chamar de linguagem neutra”, diz o decreto, assinado por André Porciúncula, secretário nacional de Promoção e Incentivo à Cultura.
A linguagem neutra é uma forma de comunicação que visa ser inclusiva para pessoas que se consideram “não binárias”, ou seja, que não se sentem homem ou mulher, ou que transitam entre os dois sexos.
Nas redes sociais, Porciúncula disse que a língua neutra tenta mudar a língua portuguesa por meio de um processo “artificial” promovido por grupos de interesse, já que a grande maioria dos brasileiros não usa essa modalidade para falar ou escrever no dia a dia.
“Quando o barbarismo linguístico é tão grande que movimentos de destruição da cultura (como a dita linguagem neutra) surgem, fica ainda mais claro a importância do resgate da noção da gramática como arte liberal de revitalização civilizacional”, declarou ele no Twitter. Leia aqui.
Outro argumento do secretário é que a linguagem neutra exclui um grupo maior de brasileiros que são pessoas com deficiência auditiva ou visual. “Exclui a população, principalmente os deficientes visuais e auditivos, que não podem contar com a tradução de programas de computador, que permitem a acessibilidade, por não conseguirem identificar o arquivo de linguagem neutra”, disse.
Redação Exibir Gospel