A Câmara Municipal de São Paulo derrubou, no dia 26 de março, o veto do então prefeito Fernando Haddad (PT) ao Projeto de Lei 306/2015, que cria o Dia do Combate à Cristofobia. A data será comemorada anualmente em 25 de dezembro. Com a decisão, o projeto do ex-vereador Eduardo Tuma virou lei na capital.
A proposta foi defendida como uma resposta ao aumento de casos de intolerância contra cristãos. A vereadora Sonaira Fernandes (PL), líder do partido na Câmara, declarou: “Só não sofre cristofobia quem não é cristão. Se o nosso país busca, de fato, combater a intolerância religiosa, deve contemplar, também, aquela que é a religião da esmagadora maioria dos brasileiros.”
O vice-presidente da Câmara, João Jorge (MDB), também se manifestou: “Essa decisão representa um avanço no reconhecimento e na proteção dos cristãos contra qualquer tipo de intolerância religiosa. A fé de milhões de paulistanos merece respeito.”
Parlamentares de esquerda votaram contra a proposta. A vereadora Keit Lima (PSOL) afirmou: “Eu, como cristã, nunca sofri perseguição, então eu voto pela manutenção do veto.” Ela foi acompanhada por Luna Zarattini (PT) e Silvia da Bancada Feminista (PSOL).
O então prefeito Fernando Haddad vetou o projeto em 2015. Na época, justificou que a proposta era “inconstitucional” e “contrária ao interesse público”. Hoje, ele ocupa o cargo de ministro da Fazenda no governo federal.
Redação