Uma nova política do Conselho Mundial de Boxe (WBC – sigla em inglês) determina que os atletas compitam apenas com membros do seu próprio sexo biológico, vetando assim a participação de atletas trans em competições femininas.
A declaração foi feita no início da semana através da atualização da “Declaração / Diretrizes sobre a participação de atletas transgêneros em esportes de combate profissionais”, enfatizando que as lutas de boxe devem ocorrer “entre dois competidores igualmente pareados”.
Segundo o comunicado, o objetivo da nova norma é garantir “condições de igualdade e para manter as partidas justas, competitivas, divertidas e, o mais importante, seguras para todos os combatentes”.
O texto diz também que “no nível atual de conhecimento científico, o consenso do WBC é que permitir que atletas transgêneros compitam levanta sérias preocupações de saúde e segurança”.
“Não há consenso se uma luta entre uma mulher transgênero contra uma mulher cisgênero (biológica) é uma luta justa entre duas competidoras iguais”, disse o WBC.
No entendimento da organização, a competidora trans já é um homem biológico que possui uma “vantagem injusta” sobre suas concorrentes mulheres.
Sendo assim, impedir que pessoas com estrutura mais forte lutem contra mulheres biológicas pode gerar grandes problemas de saúde para as lutadoras.
“Esportes de combate como o boxe são únicos, pois cada soco na cabeça é dado com a intenção de vencer, causando um nocaute (que nada mais é do que uma concussão na cabeça)”, afirmou o WBC.
“Esses esportes apresentam um risco extremamente alto de lesões neurológicas agudas e crônicas. Boxeadores morreram durante uma luta ou logo após devido a lesões cerebrais traumáticas (TCEs), como hematoma subdural agudo (SDH), hematoma epidural (EDH) , hemorragia subaracnóidea (HSA), hematoma intracraniano e lesão dos grandes vasos do pescoço, como a artéria carótida ou vertebral.”
Segundo o site Christian Headlines, outras organizações que emitiram políticas semelhantes exigindo que os atletas compitam contra membros de seu sexo biológico incluem a FINA , que supervisiona a natação competitiva em todo o mundo, e a USA Powerlifting.
Redação Exibir Gospel /Leiliane Lopes