Catástrofe de dimensões incalculáveis afeta a vida social e espiritual das pessoas
Desde
2014 a Venezuela vem sofrendo uma grande queda em todos os setores, começando
pelo econômico. Há escassez de alimentos, remédios e itens básicos. A fome e a
desnutrição se espalhou por toda nação. Organizações internacionais de direitos
humanos alertam que a situação do país é muito grave.
A
redução drástica do fornecimento de água, eletricidade e das unidades de
transporte, dificulta a vida de todos. Milhares de pessoas já deixaram o país e
aqueles que permanecem precisam lutar contra a fome, as doenças e a falta de
recursos. Nos mercados faltam alguns produtos nas prateleiras e os preços são
altíssimos.
Além
do cenário de adultos e crianças procurando comida nos lixos, também há muita
violência pelas ruas. A situação é tão desesperadora que houve um aumento
recorde dos casos de suicídio entre os venezuelanos. O governo autocrático do
presidente Nicolás Maduro, que costuma ficar em silêncio, não tem sido
transparente em relação às mortes. Assim como com as estatísticas de inflação,
homicídios e HIV.
O
sistema público de saúde culpou a falta de remédios antidepressivos e
ansiolíticos. Especialistas dos serviços de saúde mental também apontam para a
solidão que as pessoas sentem à medida que os entes queridos vão embora. Segundo
alguns psiquiatras, uma sensação de desesperança toma conta e as pessoas vêm
que não há saída.
Igreja é afetada
Como
organismo espiritual a igreja não escapa dessa crise. Com os problemas
humanitários, há cada vez menos cristãos frequentando os cultos. As últimas
notícias ilustram um cenário religioso ameaçado. Há muitas organizações cristãs
internacionais querendo ajudar os venezuelanos com o envio de remédios e
alimentos em grandes quantidades.
Infelizmente,
o que tem ocorrido é que a ajuda humanitária nem sempre é aceita pelo governo.
Depois que uma grande quantidade de remédios doada pela Cáritas, uma organização
católica do Chile, foi confiscada, no ano passado, ninguém mais se atreve a
correr riscos.
A
Igreja como instituição tem exigido do governo nacional que tome as medidas
econômicas necessárias e que abra um canal humanitário antes que se percam mais
vidas. Como os trabalhos sociais de todas as denominações na Venezuela foram
afetados, tanto pela falta de doações por parte dos fieis, quanto pela péssima
fase que o país enfrenta, resta aos cristãos venezuelanos orar e acreditar que
Deus brevemente vai agir em favor de todo o povo.