Igreja descumpre toque de recolher em Campo Grande. (Foto: Reprodução)
Na noite da última quinta-feira (30/07), uma igreja na
cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, descumpriu o toque de recolher e
aglomerou pessoas sem máscaras.
Segundo o G1, o pastor da igreja disse à equipe de
fiscalização que “O Covid não existe, quem manda aqui é Deus”.
Agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano (Semadur) flagraram a igreja funcionando fora do horário
permitido. Ao entrarem no local, fiscais contabilizaram cerca de 60 pessoas no
local, o que desrespeita o limite de 30% da capacidade.
Ao ser abordado pelos fiscais, que pediram para que o culto
fosse encerrado, o pastor ofendeu os servidores, chamando-os de “corruptos,
ladrões, assaltantes” e dizendo que eles só queriam dinheiro.
Ao ser alertado que estava desobedecendo a lei, o pastor
disse que ele era a lei de Deus. “Eu tô na lei de Deus, de Jesus. Vocês são a
lei da terra, do homem, eu sou a lei de Deus”. O pastor finalizou dizendo que a
Covid-19 não existe e que quem manda na igreja é Deus e “não promotor, prefeito
ou governador”.
Segundo informações da Guarda Municipal, o pastor se recusou
a assinar um auto de infração e rasgou o documento na frente dos fiscais.
Segundo o G1, houve tumulto durante o episódio, o que impossibilitou a prisão
em flagrante do pastor.
Operação Toque de Recolher
Desde o início da implantação das medidas restritivas em
função da Covid-19, a prefeitura de Campo Grande tem realizado operações de
fiscalizações ao cumprimento dos decretos. Tudo para evitar aglomerações e
consequentemente a proliferação do novo coronavírus.
Desde então, diversas pessoas foram abordadas nas ruas durante
o toque de recolher. Festas já foram encerradas e comerciantes orientados a
fechar as portas dos estabelecimentos. A maioria, segundo a Guarda Municipal e
Semadur, segue as orientações sem contestações.
Somente na noite de quinta-feira (30), foram 83
estabelecimentos comerciais abordados. Destes, 36 receberam apenas orientações
e 6 foram vistoriados.
Além dos comércios, a equipe visitou 6 residências e 56
pessoas precisaram ser abordadas e orientadas a retornarem para suas casas.
Como resultado das vistorias, um estabelecimento comercial foi autuado por
falta de alvará e outro foi interditado pela Vigilância Sanitária.
*Com informações dos portais Polêmica Paraíba e G1