Deputado federal, Sóstenes Cavalcante / Foto: Reprodução
Bruno Góes e Natália Portinari / O Globo
Deputados da bancada evangélica da Câmara articulam para tentar derrubar o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte armas.
A liberação do uso de armamentos é umas das principais discordâncias dos religiosos no Legislativo em relação ao atual governo. Com a força de 195 deputados inscritos, o grupo foi fundamental para a eleição de Bolsonaro.
PSOL, PT e Rede já apresentaram projetos de decretos legislativos que pedem a revogação integral da medida.
Os deputados evangélicos, porém, não querem apoiar as iniciativas de partidos de esquerda, e sim apresentar um projeto próprio, se for o caso.
“Estou conversando com vários deputados, e já temos vários que vão apoiar sim o decreto legislativo, desde que não seja apresentado por partidos de esquerda. Não apoiamos nada do PT. Se for do PT não terá nosso apoio”, disse Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado à Assembleia de Deus Vitória em Cristo, igreja liderada pelo pastor Silas Malafaia.
A bancada ainda não deliberou formalmente sobre o tema. Um vice-líder do governo, porém, avalia que com a força dos evangélicos a derrubada do decreto é um risco real para o Planalto.
Outro vice-líder ouvido pelo GLOBO diz que os evangélicos estão descontentes com a iniciativa do governo de tributar igrejas.
A retaliação também seria uma forma de “demonstrar força” dos religiosos, que se sentem excluídos da composição do Executivo desde a eleição.
Fonte: O Globo