Descobertos em uma caverna israelense em 1947 e escritos há mais de 2 mil anos, os Manuscritos do Mar Morto ainda são estudados por cientistas em busca de respostas sobre como foram escritos. Usando a tecnologia da inteligência artificial (A.I.), pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, descobriram que o Grande Pergaminho de Isaías foi escrito por duas pessoas diferentes .
A conclusão foi feita após a análise do texto de 125 a.C., o mais bem preservado dos manuscritos, que mostrou diferentes padrões de escrita imperceptíveis a olho nu, mas que foram encontrados graças a uma análise feita por computador.A caligrafia usada no Grande Pergaminho de Isaías parece idêntica até para leitores humanos altamente treinados em paleografia.
Mas uma análise feita com A.I. publicada na revista científica PLOS One mostra que dois copistas diferentes colaboraram no documento.”Com o uso da tecnologia e de estatísticas, pudemos encontrar diferenças muito sutis na caligrafia, que são muito difíceis de ver”, explicou o cientista líder da pesquisa, Mladen Popovic ao Art Newspaper.
“Isso nos mostra que eles trabalharam em equipe para fazer o manuscrito. Isso não é mais uma conjectura, baseado nas evidências agora podemos dizer que é um fato”.
A pesquisa corrobora teorias de que os textos bíblicos antigos não foram copiados por um único escriba, mas teriam sido feitos em equipe, possivelmente com a ajuda de aprendizes, copiando detalhadamente o mesmo estilo.O Grande Pergaminho de IsaíasEstudiosos já tinham detectado um intervalo que ocorre na metade do manuscrito do Livro de Isaías.
No meio do texto, há um espaço de três linhas e uma segunda folha foi costurada na primeira. A partir desse ponto, segundo detectou o estudo, um segundo escriba assumiu o texto.
Para realizar a pesquisa, a equipe ensinou a inteligência artificial a analisar a imagem do texto e separar digitalmente a tinta do papiro. “Isso é importante porque a maneira como os traços foram feitos remete diretamente ao movimento dos músculos de cada pessoa e isso é individual”, afirmou um dos co-autores, Lambert Schomaker.
Estudo comparou escritas de duas letras hecraicas .Os pesquisadores focaram em dois caracteres hebraicos, aleph e bet, e mapearam todas as vezes em que eles apareciam ao longo do pergaminho e todas as suas variações. Com isso, descobriram que as duas metades do manuscrito foram escritas em um estilo parecido, mas de dois modos distintos.
De acordo com o Museu de Israel, em Jerusalém, o Pergaminho de Isaías é um dos sete Manuscritos do Mar Morto encontrados nas cavernas de Cumran.
É o maior e mais preservado deles e contém toda a versão hebraica do Livro de Isaías.A descoberta abre caminho para novas maneiras de estudar os pergaminhos, segundo Popovic. “Esse é só o primeiro passo. Vamos poder estudar e separar os copistas que fizeram os Manuscritos e agora poderemos entender melhor como eles foram produzidos. Jamais saberemos os nomes deles, mas poderemos entender o papel de cada um”, comemorou.
A conclusão foi feita após a análise do texto de 125 a.C., o mais bem preservado dos manuscritos, que mostrou diferentes padrões de escrita imperceptíveis a olho nu, mas que foram encontrados graças a uma análise feita por computador.A caligrafia usada no Grande Pergaminho de Isaías parece idêntica até para leitores humanos altamente treinados em paleografia.
Mas uma análise feita com A.I. publicada na revista científica PLOS One mostra que dois copistas diferentes colaboraram no documento.”Com o uso da tecnologia e de estatísticas, pudemos encontrar diferenças muito sutis na caligrafia, que são muito difíceis de ver”, explicou o cientista líder da pesquisa, Mladen Popovic ao Art Newspaper.
“Isso nos mostra que eles trabalharam em equipe para fazer o manuscrito. Isso não é mais uma conjectura, baseado nas evidências agora podemos dizer que é um fato”.
A pesquisa corrobora teorias de que os textos bíblicos antigos não foram copiados por um único escriba, mas teriam sido feitos em equipe, possivelmente com a ajuda de aprendizes, copiando detalhadamente o mesmo estilo.
O Grande Pergaminho de Isaías já tinham detectado um intervalo que ocorre na metade do manuscrito do Livro de Isaías. No meio do texto, há um espaço de três linhas e uma segunda folha foi costurada na primeira. A partir desse ponto, segundo detectou o estudo, um segundo escriba assumiu o texto.
Para realizar a pesquisa, a equipe ensinou a inteligência artificial a analisar a imagem do texto e separar digitalmente a tinta do papiro. “Isso é importante porque a maneira como os traços foram feitos remete diretamente ao movimento dos músculos de cada pessoa e isso é individual”, afirmou um dos co-autores, Lambert Schomaker.
Os pesquisadores focaram em dois caracteres hebraicos, aleph e bet, e mapearam todas as vezes em que eles apareciam ao longo do pergaminho e todas as suas variações. Com isso, descobriram que as duas metades do manuscrito foram escritas em um estilo parecido, mas de dois modos distintos.De acordo com o Museu de Israel, em Jerusalém, o Pergaminho de Isaías é um dos sete Manuscritos do Mar Morto encontrados nas cavernas de Cumran.
É o maior e mais preservado deles e contém toda a versão hebraica do Livro de Isaías.A descoberta abre caminho para novas maneiras de estudar os pergaminhos, segundo Popovic. “Esse é só o primeiro passo. Vamos poder estudar e separar os copistas que fizeram os Manuscritos e agora poderemos entender melhor como eles foram produzidos. Jamais saberemos os nomes deles, mas poderemos entender o papel de cada um”, comemorou.
Fonte: https://noticias.r7.com/