Michelle Bolsonaro / Foto: Reprodução
A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi alvo de reportagens
que exploraram problemas de familiares com a Justiça décadas atrás. Para
apoiadores do presidente, a iniciativa da grande mídia foi uma tentativa de
atingir a imagem do presidente da República.
Reportagens da revista Veja e do portal Metrópoles revelaram
que a avó da primeira-dama foi presa por tráfico e sua mãe teve processo por
falsificação de documentos, além de um tio ser acusado de envolvimento com
milícia e outro ter sido condenado por estupro. “Eu quero saber qual é a
família desse país que não teve algum tipo de problema envolvendo droga ou
álcool, assassinato ou fatalidade. Uma coisa eu sei, ela pagou a justiça o que
devia”, questionou o ex-senador Magno Malta (PR-ES), em um vídeo publicado no
Instagram.
O pastor Silas Malafaia também se valeu das redes sociais
para reprovar a exploração de problemas sem nenhuma relação com Michelle
Bolsonaro ou com o presidente da República, e classificou as reportagens como
“baixaria, podridão”. “Um verdadeiro lixo moral de esquerdopatas, que para
atingir o presidente da República vai lá na vida privada da primeira-dama, lá
atrás, coisa de 25, 30 anos atrás, da avó e da mãe, para tentar atingir. Eu
fico pensando o seguinte: cadê as feministas? Cambada de hipócritas. […]
Defendem mulher porcaria nenhuma. E essa imprensa baixa, medíocre, machista,
[agiu para]
atingir a mulher”, esbravejou.
Malafaia citou que a postura da primeira-dama sempre foi
correta: “Deixa eu falar uma coisa para vocês: a Michelle foi membro da minha
igreja. O tempo que ela passou na minha igreja, ilibada. Nunca quis aparecer,
sempre trabalhando em áreas sociais, sempre trabalhando em bastidor. Agora ela
está numa excelente igreja, que é a Igreja Batista Atitude. A mesma coisa:
trabalhando em prol de necessitados. E vem essa imprensa nojenta, baixa… É por
isso que estão perdendo credibilidade. É por isso que ninguém acredita no que
jornal fala”, acrescentou.
O pastor Marco Feliciano (PODE-SP), um dos vice-líderes do
governo na Câmara dos Deputados, usou o Twitter para reprovar a postura dos
veículos de comunicação: “Eu ainda estou chocado com a absoluta covardia com
que a imprensa brasileira está tratando a mulher, a esposa, a mãe Michelle
Bolsonaro. Fiquei me perguntando qual é o limite da maldade humana e até onde o
ser humano pode ir para alcançar seus objetivos, e fiquei consternado”. “Esses
que agora fazem isso são hipócritas e covardes. Eles mesmos acusam o presidente
Bolsonaro de ser machista e preconceituoso, mas agora atacam a honra de uma
mulher indefesa, por fatos de responsabilidade de outros, terceiros, com a
única finalidade de atingir seu esposo”, continuou Feliciano.
O pastor e deputado federal avaliou que “não se trata de um
ataque à dona Michelle porque ela nunca fez política”, e completou: “Se trata
de um ataque à família brasileira que ela tão bem representa. Chegou a hora de
acabarmos com a hipocrisia de uma mídia que diz defender os Direitos Humanos,
mas que para defender seus objetivos comerciais destroem completamente os
humanos direitos. “Corrupta consumada, a mídia tradicional vendeu o futuro das
gerações deste país por bem mais do que trinta moedas, e agora tem o cinismo de
querer fustigar uma simples e honesta mulher que saiu de uma das favelas mais
pobres deste país para ser a primeira-dama”, disparou o pastor.
As críticas à postura da imprensa não são novas por parte
dessas lideranças conservadoras e evangélicas. Mas, o repúdio do ataque a
Michelle Bolsonaro levou Feliciano a exaltar a trajetória de vida da esposa do
presidente: “No fundo tudo se resume a isso aqui: puro preconceito, pois nunca
antes neste país, delitos praticados por parentes de uma primeira-dama que não envolvesse
a administração pública foram motivo de notícia. Até mesmo porque esse país
nunca teve antes como primeira-dama uma mulher que tenha saído de uma favela”.