Os protestos contra a rigorosa política zero-COVID da China e as condições de trabalho em uma fábrica de iPhone se transformaram em protestos contra o governo comunista e seu sistema de repressão.
Manifestantes foram às ruas em oito cidades chinesas depois que pelo menos 10 pessoas morreram em um incêndio em um apartamento. Os manifestantes afirmam que os moradores não conseguiram escapar do prédio por causa das políticas de bloqueio do governo.
Gritando “Acabe com a ditadura” e “Chega de testes COVID”, os manifestantes pediram a renúncia do líder comunista chinês Xi Jinping.
O senador Chris Murphy (D-CT) disse à CNN: “A política Zero-COVID foi um desastre, tanto econômica quanto politicamente, dentro da China”.
Os protestos começaram na maior fábrica de iPhone da Foxconn na semana passada, quando trabalhadores jogaram barreiras de metal contra a polícia em trajes de proteção, chateados com atrasos no pagamento de bônus e com a forma como a empresa lidou com um surto de COVID.
Frustrações têm crescido entre os cidadãos chineses por causa de uma economia ruim e agora as políticas severas de COVID do governo, que forçaram alguns cidadãos a fazer um teste de COVID dia sim, dia não.
“A situação na China está se deteriorando rapidamente”, diz o especialista chinês Gordon Chang. “Você tem uma economia que parece estar se contraindo. O setor imobiliário, que é o núcleo da economia chinesa, está essencialmente em queda livre.”
Os protestos se transformaram na manifestação mais ampla de oposição ao Partido Comunista em décadas.
“Em última análise, o que o partido comunista chinês teme mais do que qualquer outra coisa são seus próprios cidadãos”, disse o deputado Mike Gallagher (R-WI) à Fox News. “Ele reprime os cidadãos porque sabe que (o governo é) uma entidade ilegítima. Eles não têm legitimidade da população. Eles temem seus próprios cidadãos”.
A política Zero-COVID do governo fechou escolas, fábricas e lojas e até lacrou blocos de apartamentos sem aviso prévio. Mas não espere que o governo chinês faça uma grande correção de curso.
Ho-Fung Hung, professor de economia política na Universidade Johns Hopkins, diz: “É inimaginável que eles tentem resolver o problema recuando, mudando a política. Não é o estilo Xi Jinping”.
Fonte:CBNNEWS
