A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reuniu, na noite de quarta-feira (13), representantes de diferentes religiões no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília (DF), para debater ações contra as mudanças climáticas. O encontro fez parte da iniciativa Fé no Clima, que busca engajar comunidades religiosas na agenda de resiliência e justiça climática.
Durante o evento, Marina defendeu um “mutirão global” para implementar acordos climáticos firmados nos últimos anos. Ela destacou que a meta é limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C e viabilizar a transição energética justa, especialmente em países em desenvolvimento. Para isso, mencionou a necessidade de mobilizar US$ 1,3 trilhão.
“É preciso que o mundo comece a fazer o que foi acordado desde o Acordo de Paris, em 2015. A COP30 deve apresentar um novo marco referencial”, afirmou a ministra.
A reunião contou com a presença da diretora-executiva da COP30, Ana Toni, e de Karenna Gore, fundadora do Center for Earth Ethics, que co-lidera o Balanço Ético Global (BEG) na América do Norte. O BEG é um dos quatro eixos de mobilização da COP30 e pretende complementar as avaliações técnicas com reflexões éticas sobre as negociações climáticas.
Ana Toni disse que o BEG será “a bússola” para orientar mudanças tecnológicas e de hábitos. Já Karenna Gore ressaltou que “a degradação ambiental em um lugar afeta o bem-estar em outros” e que “só podemos cuidar de nós mesmos se cuidarmos uns dos outros”.
Além de lideranças religiosas evangélicas, católicas, judaicas e de matriz africana, o evento teve a participação de indígenas, integrantes do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima e da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais.
No sábado (9), Marina já havia apresentado o BEG a cerca de 40 líderes evangélicos, em São Paulo. Na ocasião, defendeu que a COP30 seja “um novo caminho para os próximos 10 anos” e um guia para o fim do uso de combustíveis fósseis.
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