Contratada para moderar os vídeos do TikTok como profissional terceirizada, uma norte-americana está processando a empresa dizendo que foi exposta a vídeos traumáticos.
Candie Frazier chegava a trabalhar por 12 horas todos os dias, e assistia a muitos vídeos de conteúdo impróprio como agressão sexual, degolamento e suicídio.
Entre os exemplos usados pela mulher no processo ela cita os vídeos de “genocídio em Myanmar, execuções em massa, estupro de crianças e animais sendo mutilados”.
Frazier é contratada da Telus International, que presta serviços a companhias como o TikTok, seu trabalho consiste em assistir até dez vídeos simultaneamente para analisar e ver se estão de acordo com as regras da plataforma.
A autora do processo diz que desenvolveu “significativo trauma psicológico, incluindo ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático”; exige indenização aos moderadores; e cobra que TikTok e ByteDance ofereçam apoio psicológico aos moderadores atuais e antigos.
O moderador de conteúdo tem jornada de 12 horas por dia, um hora para o almoço e tem direito a duas pausas de 15 minutos ao longo do dia. Essas informações também estão no processo ao qual o The Washington Post teve acesso, uma ação que corre na Justiça Federal na Califórnia (EUA), contra o TikTok e sua empresa mãe, a ByteDance (empresa chinesa).
Nota do TikTok
Em nota, o TikTok afirma: “Nos esforçamos para promover um ambiente de trabalho com cuidados dedicados aos nossos funcionários e terceirizados”. A declaração prossegue: “continuaremos a expandir a gama de serviços de bem estar para que os moderadores se sintam apoiados mentalmente e emocionalmente.”
Fonte: Redação Exibir