Primeiro óbito ocorreu no último dia de março, de lá para cá, foram 66 dias para chegar a 104 mortes, até ontem
Mogi das Cruzes ultrapassou a significativa marca de 100 mortes pelo coronavírus. Com os seis óbitos confirmados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde, 104 mogianos infectados pelo vírus não resistiram e faleceram.Desde o primeiro óbito, em 31 de março, foram 66 dias até a marca atual, que possui maior conotação simbólica do que prática, visto que ainda não há sinais claros de retrocesso do avanço da doença na cidade. A maioria das vítimas fatais até o momento é homem. São 62 registros masculinos, enquanto foram 42 femininos. A média de idade até o momento é de 65 anos.Entre as ocorrências, a Covid-19 foi responsável pela morte de uma pessoas de quase 100 anos. Uma moradora de Braz Cubas, de 98 anos, que possuía comorbidades e veio a óbito em 26 de maio é, até o momento, a vítima de idade mais avançada até o momento no município. Do outro lado desta realidade, a vítima mais jovem é uma moradora de Jundiapeba, de 33 anos, que morreu em 5 de maio na Santa Casa de Misericórdia. Ela não possuía nenhuma comorbidade.O distrito de Jundiapeba continua sendo o local onde moravam mais pessoas que morreram pela Covid-19. De acordo com os dados da administração municipal, do total de vítimas fatais, 14 residiam no distrito. Ao todo, 56 localidades do município registraram ao menos uma morte, com destaque para Cezar de Souza, Mogilar e Vila Cecilia, onde foram registradas quatro óbitos em cada.Mais do que números e estatísticas, a Covid-19 levou, de forma rápida, histórias, deixando marcas nas famílias das vítimas. Os profissionais da Saúde, linha de frente no combate à pandemia, fazem parte dos grupos mais afetados. Até o dia 23 de maio, 770 pessoas tinham sido infectadas pelo coronavírus em Mogi das Cruzes. Desse total, 177 trabalhavam na área médica.RepercussãoO prefeito Marcus Melo (PSDB) se manifestou sobre a marca de 100 mortes no município. Segundo ele, não são apenas números ou estatísticas, e sim, 104 famílias que perderam seus entes queridos. “São histórias de pessoas que não puderam se despedir de seus parentes e amigos. É muito sofrimento e tristeza”, disse.O prefeito ainda afirmou que Mogi fez a sua “lição de casa”, transformando o Hospital Municipal em unidade de referência no atendimento da doença e construindo o Hospital de Campanha, mas que a situação ainda é grave. “Agora, o momento é de união, de força, de coragem. Juntos, vamos passar por essa crise”, completou.
Com informações Mogi News