O governo não assume que os ataques são de motivação religiosa / Foto: Reprodução
Por Cris Beloni
A violência contra os cristãos na Nigéria tem aumentado consideravelmente. Mais nove pessoas foram mortas e muitas casas destruídas, no estado de Kaduna. O governador Nasir Ahmad El-Rufai confirmou que o último ataque aconteceu na manhã de sábado (16), numa região conhecida por Cinturão Médio.
Os agressores, que não foram identificados, invadiram aldeias cristãs. Entre as vítimas estavam crianças. “Nesse momento de luto devemos nos unir para derrotar os planos daqueles que não respeitam a vida dos outros”, disse Rufai.
“A violência deles deixou um número inaceitável de mortos e feridos e espalhou a dor e o medo. Devemos resolver as nossas diferenças pacificamente. O mal nunca triunfará”, continuou.
O ataque aconteceu poucos dias depois de um grupo cristão de direitos humanos ter protestado contra a morte de pelo menos 120 cristãos que foram atacados por militantes da etnia fulani, desde o início de fevereiro.
Na segunda-feira (11), pelo menos 52 pessoas foram mortas e pelo menos 140 casas foram destruídas, na aldeia de Maro. No final de fevereiro, ataques violentos também ocorreram e 32 cristãos morreram. Em dezembro do ano passado, foram registradas outras 70 mortes.
De acordo com o Christian Post, a violência dos últimos anos teve motivação religiosa e não parece se tratar de conflitos entre os fulani e agricultores cristãos, como o governo local defende. Os militantes estão atacando comunidades e fazendas com armas sofisticadas. Conforme a Portas Abertas, a Nigéria ocupa o 12º lugar na Lista Mundial de Perseguição, onde os cristãos enfrentam todo tipo de hostilidade.