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05/12/2024

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Número de crianças sem pai no Brasil chega a 164 mil e bate novo recorde

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O número de crianças registradas sem o nome do pai bateu um novo recorde no mês de junho, chegando ao número de 6,9%, chegando ao número de 164,6 mil pessoas sem pai. É isso que dizem os dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Em 2018, 5,5% das crianças registradas no país tinham a inscrição “pai ausente” no documento. O número tem crescido todos os anos e traz muitas preocupações.

A primeira questão atrelada à ausência paterna é a pobreza. De acordo com a Arpen, as cidades com maior percentual de nascimentos sem o registro paterno são os municípios com mais baixa renda.

As cidades com mais pais ausentes são Boa Vista (14,3%), Macapá (12%) e Manaus (10,9%). As com menos registros sem pai são Belo Horizonte (4,6%), Curitiba (3,9%) e Campinas (3,9%). Os dados se referem apenas a cidades com pelo menos 10 mil nascimentos.

Outras questões sociais que envolvem a falta da figura paterna são: abandono escolar e envolvimento com o crime.

Pesquisadores das universidades de Princeton, Cornell e Berkeley, todas elas nos Estados Unidos, lançaram em 2013 um artigo analisando 47 estudos sobre o assunto feito em diferentes países sobre as consequências da ausência paterna.

“Nós encontramos sólidas evidências de que a ausência paterna afeta negativamente o desenvolvimento socioemocional das crianças”, diz o artigo. Os pesquisadores explicam que essa correlação é ainda mais intensa quando o abandono paterno se dá no início da infância. Além disso, os efeitos são mais visíveis sobre os meninos do que sobre as meninas.

Exibir Gospel / Leiliane Lopes