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13/01/2025

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O que existe por trás da agenda global da ONU?

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DA REDAÇÃO POR CRIS BELONI

Afinal de contas, qual é a importância da Organização das Nações Unidas para o mundo? Na opinião de muitos críticos, há muito tempo que ela não representa mais a luta pela paz e pelos direitos humanos. Há quem diga que a ONU está dando muitos “pitacos” nos assuntos jurídicos dos países, na tentativa de quebrar as soberanias nacionais e, futuramente, formar um governo global. Sua proposta de defender os povos oprimidos, embora nunca cite os cristãos que enfrentam a perseguição religiosa, não convence mais. Sua agenda global passou a ser questionada e muito criticada por especialistas.

Resumo da história da ONU
Criada após a Segunda Guerra Mundial (1945), seu principal objetivo era “evitar novas
guerras” e “mediar conflitos”. Após substituir a “Liga das Nações”, com o tempo
passou também a tratar de assuntos relacionados ao meio ambiente, saúde pública,
segurança alimentar, patrimônio histórico, educação, habitação, energia atômica,
drogas, aborto e até homoafetividade. Logo no seu início, Dag Hammarskjöld, que foi o
segundo secretário-geral da entidade, declarou que “a ONU não foi criada para levar as
pessoas ao paraíso, mas para salvar a humanidade do inferno”. Da década de 50 para o
ano de 2020, porém, parece que esse objetivo ainda não foi alcançado.

No início, havia 51 países membros e, depois de sete décadas de existência, hoje a ONU
conta com 193. Com a colaboração de quase todas as nações do mundo, faz parte do seu
trabalho oferecer assistência e alimentação para milhões de pessoas, vacinas para
crianças, apoio aos refugiados, ajuda imediata às vítimas de desastres naturais, entre outras ações. Para organizar seus comandos, uma equipe determinou a “Agenda pela
humanidade”.

O sistema da ONU é bem complexo e conta com agências especializadas que atuam em
várias áreas, como saúde, finanças, agricultura, aviação civil, telecomunicações, entre
outras. Desde janeiro de 2017, quem está à frente da instituição é o ex-primeiro-ministro
português António Guterres, num cargo conhecido como secretário-geral. Ele sucedeu o
ex-chanceler sul-coreano Ban Ki-moon no posto.

Assembleia Geral da ONU

Assembleia Geral
O debate mais amplo da organização ocorre na Assembleia Geral, todos os anos, no mês
de setembro, reunindo os representantes e chefes de Estado. Um debate é promovido de
acordo com uma pauta que envolve os maiores problemas da humanidade. O tema da
74ª edição, em 2019, foi “Galvanizando esforços multilaterais pela erradicação da
pobreza, educação de qualidade, ação climática e inclusão”. Entre outros temas, foi
discutido até a questão da eliminação de armas nucleares no mundo. A tal “agenda” está
cheia de metas que a ONU pretende cumprir, incluindo suas políticas globalistas.

Agenda 2030
A “Agenda para a humanidade” aponta para cinco pilares [cinco ordens] que prometem
aliviar o sofrimento, reduzir riscos e diminuir a vulnerabilidade em escala global. São
eles:

1) Liderança política para prevenir e acabar com conflitos.
2) Defender as normas que salvaguardam a humanidade.
3) Não deixe ninguém para trás.

4) Mude a vida das pessoas: da entrega da ajuda à necessidade final.
5) Invista na humanidade.

De acordo com informações da própria ONU, a “liderança política” precisa ser mais
determinada e ousada. Para “defender as normas”, esse líder deve usar todos os
mecanismos de rastreamento, investigação e denúncia para se manifestar contra as
violações e condená-las. Logo após os cinco pilares, seguem os objetivos da agenda
2030.

“17 objetivos para transformar nosso mundo”
1) Erradicação da pobreza
2) Fome zero e agricultura sustentável
3) Saúde e bem estar
4) Educação de qualidade
5) Igualdade de gênero
6) Água potável e saneamento
7) Energia limpa e acessível
8) Trabalho decente e crescimento econômico
9) Indústria, inovação e infraestrutura
10) Redução das desigualdades
11) Cidades e comunidades sustentáveis
12) Consumo e produção responsáveis
13) Ação contra a mudança global do clima
14) Vida na água
15) Vida terrestre
16) Paz, justiça e instituições eficazes
17) Parcerias e meios de implementação

Para a realização dos objetivos agendados, a ONU tem diversos “braços” espalhados
pelo mundo. Por exemplo, a campanha “Criança Esperança” promovida pela Rede
Globo, que tinha parceria com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e
agora com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura). Além desse exemplo citado, há inúmeros apoiadores de diversos projetos
espalhados pelo mundo inteiro.

O que há de errado em querer transformar o mundo?
Muitos apontam para a total impossibilidade do cumprimento, de forma democrática, da
maioria dos objetivos da ONU que visam transformar o mundo. Segundo o jornalista e
ativista cristão, Bernardo Küster, “a agenda 2030 é um programa que dissolve a
soberania nacional”, disse. Ele alerta que o documento da ONU ressalta muitos pontos
negativos, como a interferência na propriedade, questões sobre ideologia de gênero,
empoderamento feminino, além de promover o aborto usando termos mais suaves como
“saúde sexual e reprodutiva”. A agenda da ONU também defende a interferência do
Estado no agronegócio, nas indústrias, além da interferência da própria entidade nas
políticas de migração. “A agenda 2030 serve para um propósito de uniformização das
políticas dos países, da economia e tudo mais, para transformar a coisa num bloco só,
para ficar tudo mais administrável”, apontou Küster. [1]

Aqueles que analisam com profundidade essa intenção da ONU de “transformar o
mundo”, chegam à conclusão que se trata mais de um plano de manipulação global com
péssimas intenções. Há muito mais por trás dos planos de paz, liberdade e direitos
humanos universais.

Sacralização dos Direitos Humanos
Cada vez mais, a pauta dos “direitos humanos” tenta tomar o lugar da religião no
mundo, em nome de uma “ética laica” e por um mundo mais livre e mais moderno. Em
nome dos direitos da minoria LGBT, a ONU acabou se posicionando contra os cristãos.
Há alguns anos, a ONG Promsex (Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e
Reprodutivos), com sede no Peru, fez uma denúncia junto à ONU, alegando violação
dos “direitos culturais”. Em resposta, foi elaborado o “Relatório de Direitos Culturais”,
onde o termo “fundamentalistas” foi usado para se referir aos grupos que, segundo eles,
“rejeitam a igualdade e universalidade dos direitos humanos, baseando-se em visões
mundiais rígidas”.

Resumidamente, a ONU disse que os movimentos cristãos (evangélicos e católicos)
estão impondo doutrinas religiosas, além de ideias estereotipadas e sexistas sobre as
relações de gênero. O texto também alegou que os extremistas [cristãos] são contrários
aos direitos humanos, acusando-os de serem “o muro que os impede de avançar” com
sua agenda [2]. A Promsex é mais uma ONG ligada à Planned Parenthood (Paternidade
Planejada), uma clínica americana de aborto conhecida no mundo inteiro.

Não é de se estranhar se, em breve, a ONU clamar por uma “religião universal” em
busca da “falsa” paz mundial. Podem alegar que o “fundamentalismo religioso” é a

causa de tantas guerras e discórdias. Quando isso acontecer, o cristianismo certamente
será um dos inimigos mais destacados da ONU, já que seus seguidores consideram a
Bíblia como a “verdade fundamental” e mantém uma fé absoluta de que Jesus Cristo é o
único capaz de trazer a verdadeira paz.

ONU: da proposta inicial até os dias de hoje
Antes da fundação da ONU, a Liga das Nações (1919) redigiu um texto com o objetivo
de promover um “acordo de paz”. Um dos autores da proposta foi o ex-primeiro-
ministro do Reino Unido, Arthur Balfour. Segundo o documentário “A ONU e a agenda
secreta” de Walter J. Veith (Amazing Discoveries), traduzido e postado pelo jornalista
Michelson Borges [3], Balfour iniciou um grupo chamado “Sociedade Sintética” com o
objetivo de estimular a criação de uma única religião mundial, através da unificação de
todas as crenças. Os outros autores, Alger Hiss e Joseph Johnson, eram maçons de
postos elevados. Eles tinham como modelo a Constituição da Rússia (antiga União
Soviética) e o Manifesto Comunista.

Walter J. Veith

O político inglês Winston Churchill e o general francês Charles De Gaulle, que
defendiam uma “nova ordem mundial autoritária”, também acreditavam que as nações
deveriam se unir num único governo para não perecerem. O vídeo aponta também para
a visão política e a crença de cada um dos ex-secretários-gerais da ONU. Confira:

O primeiro secretário geral das Nações Unidas foi o norueguês Trygve Halvdan Lie
(1946-1952), um comunista e fã de Lennin. O segundo foi o socialista sueco Dag
Hammarskjöld (1953-1961), que morreu num suspeito acidente de avião. O terceiro era

de Myanmar, U Thant (1961-1971), que defendia publicamente uma agenda marxista.
O quarto foi o austríaco Kurt Waldheim (1972-1981) que tinha uma visão política
nazista. O quinto foi o peruano Javier Pérez de Cuéllar (1982-1991), que completou
100 anos em 2020. Ele era marxista e defendia a redistribuição da riqueza mundial. O
sexto foi o egípcio Boutros Boutros-Ghali (1992-1996), que reforçava a ideia de uma
ditadura a partir da ONU. Ele achava que a entidade deveria ter prioridade política,
absoluta e exclusiva, acima das soberanias de todas as nações do planeta [governo
mundial]. Kofi Annan, de Gana (1997-2006), foi o sétimo secretário-geral a atacar o
conceito de soberania nacional, apresentando sua essência comunista. O oitavo foi o
sul-coreano Ban Ki-Moon (2007-2016), que fez duras críticas à política de Israel. E o
nono a ocupar o cargo, desde 2017, é o socialista português António Guterrez, que já
foi primeiro-ministro de Portugal e atuou como secretário-geral do Partido Socialista em
seu país. Ele é conhecido por sua militância em organizações marxistas que reúnem
partidos e movimentos de esquerda do mundo inteiro.

1.Trygve Halvdan Lie

2.Dag Hammarskjöld

3.U Thant

4.Kurt Waldheim 

1.Javier Pérez de Cuéllar

6.Boutros Boutros-Ghali

7.Kofi Annan

8.Ban Ki-Moon

9.Ban Ki-Moon
Segundo o professor Walter J. Veith, vários outros mentores já passaram pela ONU ou serviram de inspiração para seus líderes, defendo as mesmas filosofias e ideologias, entre eles Alice A. Bailey, Robert Muller, Donald Keys e David Spangler. Robert
Muller (1923-2010), ex-secretário-geral adjunto da ONU, conhecido também como
“filósofo das Nações Unidas”, chegou a fundar 30 escolas com seu nome, conhecidas
por “Universidade da Paz”. Num de seus textos, ele deixa claro seu pensamento sobre a
união das religiões.

Alice A. Bailey (1880-1949)

Robert Muller (1923-2010)

“A nova religião mundial deve se basear nas verdades que têm sobrevivido ao teste dos séculos. Elas estão constantemente tomando forma no pensamento humano, e por elas as Nações Unidas lutam. O meu grande sonho pessoal é conseguir uma aliança eficaz entre todas as principais religiões e as Nações Unidas.” (Muller R. 1982 New Genesis: Shapping a Global Spirituality. Anacortes, WA: World Happiness and Cooperation. Pg. XIII)

Os escritos da teosofista Alice Bailey (1880-1949), uma das principais “profetizas da
Nova Era”, serviram de inspiração para a ONU, desde o seu início. Uma das principais
ideias da ocultista se baseava na “evolução da consciência humana”, algo que ela
defendia como transcendental às religiões. Seus ensinamentos se baseavam no princípio
do ecumenismo, algo que ela apontava como necessário para uma “ordem mundial
única”. Além disso, dizia que era necessário “garantir que as crianças se libertassem da
escravidão da cultura cristã”, por isso sugeriu que as orações fossem removidas das
escolas. A questão da “redução da autoridade dos pais sobre os filhos” também foi
lançada, entre outras ideias bem polêmicas, como “libertar” as pessoas das famílias e a
liberdade sexual.

Em 1922, Bailey fundou uma editora para divulgar seus trabalhos, cujo nome original
era Lucifer Publishing Company, que futuramente teve o nome alterado para Lucis
Trust. Entre as atividades da editora, estava a “Word Goodwill” (Boa Vontade
Mundial), que foi integrada na Lista do Conselho Econômico e Social das Nações
Unidas.

“Dentro da ONU está o germe e a semente de um grande grupo internacional de
meditação e reflexão – um grupo de pensadores bem informados, em cujas mãos está o
destino da Humanidade. Eles estão sob o controle de muitos discípulos do ‘quarto raio’
[…] e seu foco é o plano de intuição Búdica – o plano que comanda toda atividade
hierárquica.” (Alice A. Bailey, Discipleship in the New Age, Lucis Press, 1955)

“Nenhuma força humana será capaz de destruir as Nações Unidas, pois as Nações
Unidas não são um mero prédio ou uma mera ideia, não é uma criação feita por homens.
As Nações Unidas são a visão de luz do Supremo Absoluto [linguagem maçônica], que
está vagarosa, constante e infalivelmente iluminando a ignorância, a noite da nossa vida
humana. O sucesso divino e o progresso supremo das Nações Unidas estão prestes a se

tornar realidade. Na hora da sua escolha, o Supremo Absoluto vai fazer tocar o seu sino
de vitória aqui na terra, através do coração amoroso e servidor das Nações Unidas”.
(Muller R. 1985 – My Testament to the UN, as quoted in Kah G. H., 1988 – The New World Religion – Noblesville, Hope Intenational, pg 205)

Cristãos que apoiam a Agenda 2030 da ONU
O que se vê frequentemente, através de documentos da ONU, é a promoção de causas
anticristãs, entre elas o aborto, apoio total à homossexualidade e ataque à família
tradicional. “Cristão que não consegue ver isso não tem discernimento do Espírito ou se
vendeu para a ideologia socialista”, disparou o blogueiro e ativista cristão, Júlio Severo.
Vale ressaltar que a ONU, com seu viés progressista, nunca se manifestou contra a
perseguição aos cristãos, algo que o governo Bolsonaro está tentando inserir dentro da
discussão pública internacional. Mesmo diante desse cenário, conclui-se que, no Brasil,
há muitos cristãos caminhando contra os interesses do Reino de Deus.

“A Igreja dos apóstolos de Jesus não se reunia para formular documentos políticos para
apoiar o Império Romano. Os apóstolos pregavam o Evangelho, curavam os enfermos e
expulsavam demônios. Essa é a essência do Reino de Deus”, lembra Severo.
Recentemente, uma “união esquerdista” tem usado o nome dos evangélicos para apoiar
temas que a Bíblia nunca apoiou. “Na ONU há multidões de pessoas oprimidas e usadas
por demônios […] Quando os socialistas da Aliança Evangélica, mascarados de cristãos,
apoiam os socialistas da ONU e suas causas mascaradas, desconfie”, concluiu.

Sala de meditação da ONU, inspirada por Dag Hammarskjöld, que descreveu
o altar como “um encontro da luz, do céu e da terra; um altar de Deus para todos”.


Mais informações em https://c-fam.org/friday_fax/religiao-na-organizacao-das-nacoes-unidas/

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