A Justiça decidiu manter a prisão temporária do bispo conhecido como Zadoque e do ministro do evangelho Gideão Duarte, ambos detidos sob suspeita de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (16), resultando em um ambiente hostil no qual os dois foram confrontados por populares ao deixarem o fórum em Dias D’Ávila.
Durante a saída do tribunal, indivíduos presentes no local dirigiram insultos aos detidos, chamando-os de “assassinos”. Houve tentativas de agressão que foram contidas pela intervenção policial, estabelecendo um cordão de isolamento para garantir a segurança.
O advogado Carlos Augusto Vaz, representante legal de Gideão, discordou da decisão de manter a prisão, alegando que seu cliente tem cooperado com as investigações. “A prisão foi mantida porque o Ministério Público entende que é necessária para o andamento eficiente das investigações. A defesa discorda disso. Gideão tem colaborado com a polícia e está interessado na elucidação rápida desses fatos. Continuaremos contestando essa prisão”, afirmou o advogado.
Dielson Monteiro, novo advogado responsável pela defesa do bispo Zadoque, não pôde confirmar se seu cliente confessou alguma participação no crime, alegando falta de acesso ao inquérito policial devido ao recente envolvimento no caso. Zadoque será encaminhado para o Centro de Observação Penal (COP) no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
A prisão de ambos ocorreu entre a noite de terça-feira (14) e a manhã de quarta-feira (15). Zadoque foi detido primeiramente em Gameleira, na Ilha de Itaparica, enquanto Gideão foi preso em Camaçari, onde reside com sua família.
As autoridades policiais informaram que os dois estão sob investigação pela suspeita de incendiar o corpo da vítima e tentar eliminar provas relacionadas ao crime. De acordo com o delegado Euvaldo Costa, titular da 25ª DT (Dias D’Ávila), responsável pela investigação, ambos são suspeitos de envolvimento na logística, execução do crime e na tentativa de ocultar provas.
Ederlan Mariano, inicialmente apontado como o principal suspeito pela morte de Sara Mariano e companheiro da pastora, foi preso no mesmo dia em que a vítima foi encontrada morta. Apesar de relatos iniciais de uma confissão, a defesa de Ederlan nega veementemente as acusações, afirmando sua inocência.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes