Jamie Shupe passou por tratamento médico com hormônios e agora enfrenta sérios problemas de saúde
por Cris Beloni
O americano Jamie Shupe foi o primeiro homem reconhecido como “não-binário” nos Estados Unidos. O Estado de Oregon entendeu que ele não é homem e nem mulher e o autorizou a se identificar assim. Jamie teve o “terceiro sexo” formalmente designado em seus documentos legais. Antes disso, porém, ele havia declarado querer viver como mulher.
Mas Jamie se arrependeu. “Agora quero viver de novo como o homem que sou”, declarou e revelou que tomou hormônios por vários anos e que participava de um processo médico para transgenerismo. Por não ter passado pela cirurgia para remoção de seus genitais, hoje se considera sortudo.
Transição de gênero: experimento médico
Embora esteja enfrentando alguns problemas de saúde por ter passado pelo “experimento médico” como ele descreve, disse se sentir melhor aceitando seu sexo biológico. Os “especialistas” chegaram a dizer que ele “nasceu em corpo errado” e que esse é o motivo da disforia de gênero.
Durante uma entrevista ao Christian Post, na última quarta-feira, fez questão de deixar um alerta às crianças: “Você só tem um corpo, por favor, não estrague isso. Não acredite nessa fantasia de que você é diferente do seu sexo biológico. A transição de gênero não é a resposta para seus problemas”.
A história de que o filho pode tentar o suicídio se não passar pela transição de gênero é uma forma de manipulação da comunidade LGBT. “Se você quer ajudar seu filho a sair da ideologia de gênero, ensine a ele sobre os estereótipos sexuais”, disse. O que muitos ainda precisam entender é que “a disforia de gênero é uma doença mental comórbida”, explicou. A comorbidade é a existência simultânea de duas ou mais doenças.
Raiz dos problemas
O americano reconheceu que a raiz de seu sofrimento veio de um abuso sexual na infância e também das surras severas que levou de seus pais. Atualmente, ele convive com problemas de densidade óssea e complicações renais por conta do excesso de hormônios que tomou.
Sua queixa maior é que depois que decidiu protestar contra esse movimento social, deixou de ser o “queridinho da mídia”. Em seu Instagram, disse que a esquerda política silenciou vozes como a dele e agora sequer reconhecem sua existência. Depois elogiou os conservadores.
“Enquanto você estiver falando a língua que eles querem ouvir, você tem um lugar em suas páginas. No momento em que você discorda, eles substituem você por uma nova voz”, ressaltou. Apesar de não ser religioso, acha que os médicos deveriam oferecer outras opções como orar, meditar ou buscar consolo na fé.
“Em vez disso, as pessoas que sofrem de disforia de gênero são ensinadas a sucumbir à sua devastação. É a transição ou a morte”, protestou. “As pessoas de fé agora são meus aliados nessa luta”, concluiu.