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25/11/2024

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Quando a tecnologia é usada para o mal

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Foto:reprodução internet
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Por Cris Beloni

O embaixador geral dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional
alerta que a alta tecnologia chinesa tem sido usada para oprimir e monitorar
religiosos. Esse tipo de atitude do país comunista “é uma ameaça para todos nós”

O embaixador americano, Sam Brownback, acredita que os planos chineses são o
“futuro da opressão religiosa” que se espalhará rapidamente pelo mundo. No dia 21 de
agosto, aconteceu uma reunião on line com o seguinte tema: “A crescente ameaça aos
direitos humanos na China”, apresentado pela Comissão de Ética e Liberdade Religiosa.

Palestrantes discutiram especificamente sobre a perseguição religiosa aos muçulmanos
uigur, uma comunidade que reside principalmente na Região Autônoma Uigur de
Xinjiang, na China. A situação atual vivida por eles pode gerar, ao longo do tempo,
implicações para a comunidade religiosa em geral.

Estimativas sugerem que cerca de 1 milhão de muçulmanos uigures foram submetidos a
campos de internamento em Xinjiang, onde são ensinados a serem cidadãos seculares. O
propósito principal é “fazer a cabeça” desses cidadãos para que “nunca se posicionem
contra” o Partido Comunista.

Tecnologia usada para controle da população
Câmeras sofisticadas, tecnologia de reconhecimento facial e coleta de amostras de
DNA. “Eles têm a tecnologia implantada agora, onde há câmeras de vigilância em
praticamente todo lugar do público”, observou Brownback. O embaixador relata que o
governo chinês coletou dados genéticos sobre a maioria das pessoas da região para
poder rastreá-las via internet, através de sistemas de reconhecimento facial.

“Minha preocupação é que isso que estão fazendo ao povo uigur, seja replicado em
outros regimes autoritários ao redor do mundo”, apontou. “Vivemos essa enorme
batalha global entre a democracia e as ditaduras, e as ditaduras estão indo muito bem
ultimamente, infelizmente”, continuou.

O futuro da opressão religiosa
Brownback prevê que os métodos da China representam “o futuro da opressão
religiosa” e acrescenta que, eventualmente, as minorias religiosas serão oprimidas por
um sistema onde não poderão viver e nem fazer parte da sociedade caso optem por
continuar com sua fé. “Isto é uma ameaça para todos nós”, frisou.

“Precisamos urgentemente reagir. Se continuar assim, este será o futuro do mundo.
Você pode pensar: ‘Isso está muito longe de acontecer, vai ficar tudo bem’. Mas essas
coisas estão chegando até nós rapidamente”, sinalizou.

Lembrando que o sistema comunista abomina qualquer tipo de fé e que dentro dessa
ideologia “a religião é o ópio do povo”, sendo vista como algo totalmente negativo. A
China faz parte da Lista Mundial da Perseguição, de acordo com a Portas Abertas. A
pressão sobre os cristãos está aumentando cada vez mais. Cidadãos são usados e pagos
para fornecer informações sobre cristãos e outras minorias. A conduta dos governantes
chineses têm sido vista por especialistas como algo que já chegou ao nível de “crimes
contra a humanidade”.

Brasil e parceria com tecnologia chinesa
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, acredita que o país terá
“consequências” econômicas negativas caso decida manter a Huawei no leilão do 5G,
que deve acontecer no ano que vem. Para o diplomata, a presença da gigante chinesa de
telecomunicações deve fazer com que empresas “baseadas na propriedade intelectual”
evitem investir no Brasil.

“Muitos países já decidiram excluir a Huawei por questão de segurança, como
Austrália, Japão e Inglaterra, por exemplo. E esse número é crescente porque mais
pessoas estão fazendo a mesma análise, vendo o comportamento da Huawei de roubar

propriedade intelectual. A Inglaterra disse que vai tirar tudo da Huawei de seu sistema
nos próximos anos”, compartilhou.

A suspeita que recai em cima da empresa chinesa é sobre o repasse de dados de
operações internacionais ao governo chinês. Os Estados Unidos têm liderado um
processo de crescente desconfiança e pressionam o Brasil para banir a Huawei do leilão
do 5G. No entanto, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) já adiantou que “acha
difícil” banir a empresa chinesa, que já atua há anos no país na operação do 4G.

Referências:
https://www.portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/a-perseguicao-aos-cristaos-na-china
https://www.christianpost.com/news/chinas-use-of-technology-for-religious-oppression-a-threat-to-all-of-us-warns-brownback.html
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/29/embaixador-dos-eua-diz-que-brasil-tera-
consequencias-com-huawei-no-5g.htm

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