Nesta sexta-feira (24) a Suprema Corte dos Estados Unidos votou para derrubar o precedente jurídico que em 1973 garantiu o direito ao aborto em todo o país.
“O aborto apresenta uma profunda questão moral. A Constituição não proíbe os cidadãos de cada Estado de regulamentar ou proibir o aborto. Roe e Casey arrogaram essa autoridade. Agora anulamos essas decisões e devolvemos essa autoridade ao povo e seus representantes eleitos”, escreveu o juiz Samuel Alito, relator do caso que foi analisado a pedido do Estado do Mississipi.
A decisão histórica foi celebrada por defensores da vida, mas gerou protestos em várias partes dos EUA.
Clínicas de aborto, centros de gravidez, igrejas e polícia estão aumentando as medidas de segurança em algumas áreas para se preparar para o impacto dessa decisão.
Desde que o relatório final foi vazado para a imprensa, inúmeros protestos foram feitos contra igrejas e centros de apoio à gestantes. Agora essas entidades podem se tornar alvos de protestos ainda mais violentos.
Presidente dos EUA critica a decisão
O presidente Joe Biden pediu ao Congresso que restaure as proteções ao aborto. O democrata afirmou para sua base de apoiadores, ligados à esquerda, que é necessário “eleger mais senadores, representantes que codificaram o direito de escolha da mulher na lei federal mais uma vez”.
Biden ainda prometeu defender o direito das mulheres: “As liberdades pessoais estão nas urnas. O direito à privacidade, liberdade, igualdade – estão todos nas urnas”, disse Biden. “Até lá, farei tudo o que estiver ao meu alcance para proteger os direitos das mulheres nos estados onde elas enfrentarão as consequências da decisão de hoje”.
Redação Exibir Gospel