Durante uma partida recente da seleção da Romênia, torcedores exibiram uma faixa com a mensagem em inglês: “Defend Nigerian Christians” (“Defendam os cristãos nigerianos”). A cena, registrada nas arquibancadas, chamou atenção nas redes sociais, mas passou praticamente despercebida pela grande imprensa.
O gesto foi um apelo à comunidade internacional diante da crescente violência contra cristãos na Nigéria. De acordo com a organização Portas Abertas (Open Doors), 3.100 cristãos foram mortos por causa da fé em 2024, o que representa quase 70% de todas as mortes registradas no mundo por perseguição religiosa. Outras fontes afirmam que só em 2025 foram mais de 7 mil cristãos mortos naquele país.
Nos últimos anos, a Nigéria se tornou o país mais letal para seguidores de Jesus. Grupos extremistas, como Boko Haram, ISWAP e milícias fulani, atacam vilarejos cristãos, matam homens, sequestram mulheres e queimam casas e igrejas inteiras.
Um cristão nigeriano, ouvido pela Open Doors, resumiu o drama vivido por milhares de famílias:
“Perdi tudo o que tinha. Tudo na minha casa e na minha aldeia foi queimado. Não consigo cuidar dos meus filhos. Não consigo alimentá-los.”
Organizações cristãs afirmam que o silêncio internacional tem contribuído para a continuidade dos ataques. Muitos fiéis vivem escondidos ou em campos de deslocados, e comunidades inteiras foram destruídas no centro e no norte do país.
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