O programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, exibido nesta terça-feira (15), mostrou como a fé tem transformado a rotina dentro dos presídios em diferentes regiões do Brasil. As reportagens foram feitas em unidades de Rondônia, Pernambuco e Rio de Janeiro, onde igrejas e lideranças religiosas atuam com presos e servidores.
Em Porto Velho (RO), cultos evangélicos são realizados semanalmente nas penitenciárias. A repórter Nathalia Tavolieri acompanhou batismos no pátio, feitos com piscinas infláveis. O diretor do Núcleo de Assistência Religiosa, Túlio Rogério, afirmou: “Prezamos pela liberdade religiosa. Representantes de todas as religiões podem nos procurar para realizar trabalhos aqui dentro, mas a maioria é da igreja evangélica.”
Os líderes religiosos relatam que muitos presos buscam nas religiões um novo caminho. A conversão e os rituais, como o batismo, representam essa mudança de vida. “É impressionante ver como a fé entra onde quase nada mais chega”, comentou a repórter durante a visita.
O apoio espiritual também é voltado aos servidores do sistema prisional. O pastor Rogério Afonso, que já atuou no Grupo de Operações Especiais, hoje é capelão da Polícia Penal. “Sabemos como o ambiente prisional pode ser pesado e difícil para os policiais. Por isso, é essencial cuidar da parte espiritual dos trabalhadores também. Não queremos enfiar religião goela abaixo de ninguém, apenas levar uma mensagem de fé e esperança aos policiais”, afirmou.
No Recife (PE), Caco Barcellos esteve na Penitenciária Feminina de Abreu e Lima. Lá, a Pastoral Carcerária realiza encontros religiosos com as detentas. O padre Francisco Demanter visitou o pavilhão do semiaberto, onde vivem mães privadas de liberdade. Ana Gerônimo, uma das internas, disse: “A religião é tudo. Alimenta nossa alma e espírito, que são muito atribulados neste lugar.”
No Rio de Janeiro, Mãe Flávia, de 48 anos, realiza cerimônias da Umbanda com mulheres presas no Complexo de Bangu. “Escolhi trabalhar com elas porque as mulheres recebem menos visitas do que os homens”, contou. As celebrações acontecem em uma sala ecumênica com cerca de 30 internas. A equipe do programa também acompanhou outras visitas feitas por ela em presídios de Seropédica.
Revista Exibir Gospel