Igreja afirmou em nota que não estava sendo realizado um culto, mas uma reunião para orientar líderes sobre medidas de prevenção à Covid-19. Decreto municipal proíbe cultos por 15 dias.
Viaturas estiveram em frente à igreja na noite dessa sexta-feira (29) – Foto: Reprodução/Facebook
Fiscais da Prefeitura de Boa Vista foram ao templo sede da Igreja Assembleia de Deus, no centro de Boa Vista Roraima, após receberem denúncia de aglomeração no local, na noite dessa sexta-feira (29).
Líderes se reuniam durante uma oração quando os fiscais chegaram acompanhados de policiais militares. o pastor Isac Ramalho foi detido e levado à delegacia para prestar depoimento. O decreto municipal publicado na última suspensão de missas, celebrações e cultos de qualquer natureza, exceto de forma virtual sem presença de público, por 15 dias.
Em nota publicada nas redes sociais, a igreja alega que não estava sendo realizado um culto, mas uma reunião para orientar os líderes da congregação sobre as medidas a serem tomadas com base no decreto.
“Repudiamos a ação quando shoppings, cursinhos, bares. lanchonetes e outros estabelecimentos estão em pleno funcionamento, mesmo que com 30%, enquanto as igrejas da Assembleia de Deus são perseguidas, mesmo estando dentro de todas as normas de segurança, para uma reunião e não para um culto”, afirma a congregação em nota.
A igreja complementou ainda que os fiscais da Prefeitura “tumultuaram e impediram a realização da reunião”. No local, estavam reunidas 112 pessoas, de acordo com a congregação. O templo sede da igreja tem capacidade para cerca de três mil pessoas. O pastor prestou depoimento e foi liberado.
A Prefeitura de Boa Vista informou que as equipes da prefeitura reforçaram a fiscalização em 56 estabelecimentos de Boa Vista. Na ação, três comerciantes foram autuados, dois locais foram interditados, dois boletins de ocorrência foram lavrados , e os demais receberam apenas orientações para o cumprimento à risca do que estabelece o decreto municipal.
O diretor da Vigilância Sanitária Municipal, Fernando Matos, destacou que durante as ações as equipes ainda estão se deparando com situações que vão contra o decreto. “Estamos exercendo o trabalho, mas precisamos também da consciência da população. O estado está passando por um momento delicado com relação a pandemia, então às pessoas precisam ter consciência das medidas adotadas para evitar a disseminação da doença”, disse Fernando.
Fonte:https://www.roraima1.com.br/