O ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, informou que 98 pessoas morreram na cidade de Melinde após participarem de um jejum absoluto proposto por um líder de uma seita.
A Cruz Vermelha acredita que o número de mortos pode ser bem maior, pois pelo menos 200 pessoas estão desaparecidas na região. Apenas 39 sobreviventes foram encontrados até terça-feira (25).
Todos os mortos faziam parte da Igreja Internacional da Boa Nova, fundada e liderada por Makenzie Nthenge, que teria incentivado um jejum total para “conhecer Jesus”.
As buscas de sobreviventes e mortos acontecem em uma vasta área de floresta localizada em Shakahola.
Segundo uma fonte não identificada próxima à investigação, há muitas crianças entre os corpos exumados, o que apóia a teoria sobre as práticas de uma seita religiosa. Ela supostamente forçou os pais a deixar seus filhos passarem fome primeiro, seguidos pelas mulheres e, finalmente, pelos homens.
A agência AFP destaca que o governo da República do Quênia está pedindo um controle mais rígido das organizações religiosas em resposta a este evento.
A imprensa local chegou a noticiar que, no mês passado, Nthenge foi preso e indiciado pela morte de duas crianças que sofreram de fome. Ele estava solto após pagar uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil).
Exibir Gospel / Leiliane Lopes