A Igreja Católica na Itália anunciou, por meio da Conferência Episcopal Italiana (CEI), que homens homossexuais poderão ingressar nos seminários desde que aceitem viver em celibato. As novas diretrizes foram promulgadas em 1º de janeiro pelo cardeal Matteo Zuppi, após aprovação da Congregação para o Clero do Vaticano.
O documento orienta que a formação sacerdotal deve avaliar a capacidade do candidato de viver a castidade como parte de sua vocação. A exigência de abstinência sexual, já aplicada a todos os seminaristas, será reforçada, independentemente da orientação sexual dos aspirantes ao sacerdócio.
A CEI explicou que a tendência homossexual, por si só, não é um fator excludente. Segundo as diretrizes, o foco deve ser na disposição do candidato em abraçar o celibato como uma escolha consciente e responsável. Esse critério será essencial no processo de discernimento vocacional.
A decisão surge após meses de discussões internas que culminaram em um debate a portas fechadas em maio de 2024. O resultado foi uma abordagem mais inclusiva, mas ainda alinhada aos princípios da Igreja Católica.
O texto das diretrizes ressalta que o processo de formação precisa ir além da questão da orientação sexual, avaliando a maturidade espiritual, afetiva e psicológica dos futuros padres. A intenção é garantir que os candidatos estejam preparados para viver a vocação de maneira íntegra e equilibrada.
Essa mudança representa um ajuste no posicionamento da Igreja em relação à homossexualidade. Embora reafirme a exigência do celibato, a abertura para homens gays demonstra uma tentativa de tornar o sacerdócio mais acessível sem abandonar os valores tradicionais.
Redação