A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (UNIGREJAS) repudiou um ato ocorrido na abertura do Carnaval de Porto Alegre, em 26 de janeiro de 2025, promovido pelo Bloco da Laje. No evento, um homem se fantasiou de Jesus Cristo e fez strip-tease usando uma coroa de espinhos com as cores da bandeira LGBTQ+.
Na apresentação, as pessoas cantavam frases como: “Vamos tirar, vamos tirar, vamos tirar Jesus da cruz. Eu tô pregadão, eu tô pregadão”. Para a UNIGREJAS, a encenação foi um “ultraje” que desrespeitou os sentimentos religiosos dos cristãos.
“Este ultraje não apenas ridiculariza a figura de Jesus e a crucificação, sagradas para a imensa maioria dos brasileiros cristãos, mas também desrespeita profundamente seus sentimentos religiosos”, diz a nota.
E continua: “A arte, quando verdadeiramente enriquecedora, serve como catalisador de reflexão cultural. No entanto, quando utilizada para fomentar o desrespeito e a intolerância, transforma-se em uma ferramenta de violência simbólica. A escolha do carnaval como palco para tal afronta não diminui sua gravidade, mas sim a amplifica, dada a imensa visibilidade do evento e seu impacto sobre a sociedade”.
A entidade ressaltou que “o escárnio de símbolos religiosos” pode configurar crime, conforme o artigo 208 do Código Penal. Também citou a Lei 7.716/89, que trata da discriminação religiosa.
“A injúria à fé alheia, sob a máscara da expressão artística, se não for prontamente repreendida, pode destruir os alicerces da convivência pacífica entre as diferentes religiões e o respeito mútuo, fundamentais para a harmonia social”, finaliza a UNIGREJAS.
