As mulheres brasileiras estão tendo cada vez menos filhos, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE. A taxa de fecundidade no país caiu para 1,55 filho por mulher, valor abaixo do nível de reposição populacional.
Entre os grupos religiosos, as evangélicas foram as únicas a registrar taxa acima da média: 1,74 filho por mulher. Em seguida vêm as católicas (1,49), as sem religião (1,47) e as espíritas, com a menor taxa (1,01).
O levantamento mostra que a maternidade tem sido adiada. A idade média em que as mulheres se tornam mães passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022. A proporção de mulheres sem filhos também subiu, de 10% para 16,2% no período.
A taxa varia também por escolaridade. Mulheres com ensino superior completo têm, em média, 1,19 filho e tornam-se mães mais tarde, aos 30,7 anos. Já as que não completaram o ensino fundamental têm 2,01 filhos e engravidam mais cedo, por volta dos 26,7 anos.
Regionalmente, as regiões Sul e Sudeste iniciaram a queda da fecundidade antes das demais. O Distrito Federal tem a idade média mais alta para a maternidade (29,3 anos), enquanto o Pará tem a mais baixa (26,8).
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