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15/11/2025

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Cardeal alemão critica bênçãos a casais homoafetivos e pede correção do Papa Leão XIV

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O cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller voltou a criticar, nesta quarta-feira (17), em Belmonte del Sannio, na Itália, as aberturas do papa Francisco em relação à comunidade LGBTQIA+. Em entrevista à agência ANSA, ele classificou os atos homossexuais como “pecado mortal” e defendeu que o papa Leão XIV deve corrigir o que chamou de “mal-entendido” sobre as bênçãos a uniões homoafetivas.

Müller, que já foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, disse que não considera adequado que pessoas LGBTQIA+ passem pela Porta Santa do Vaticano durante o Jubileu se não tiverem intenção de abandonar práticas homossexuais. Para ele, esse gesto estaria sendo usado como forma de “propaganda pessoal” e não como busca de penitência.

Segundo o cardeal, a doutrina da Igreja não mudou e não deve dar sinais de aceitação a comportamentos que considera contrários à fé. Ele reforçou que Francisco se equivocou ao permitir que padres e bispos façam bênçãos a casais homoafetivos, medida autorizada pelo pontífice em 2023.

Além das críticas à política voltada para pessoas LGBT, Müller rejeitou a possibilidade de ordenar mulheres ao sacerdócio. “É uma questão dogmática, e nenhum Papa pode mudar um dogma da Igreja”, afirmou.

O cardeal tem histórico de embates com o atual pontífice. Nomeado por Bento XVI para a Congregação da Doutrina da Fé em 2012 e elevado a cardeal por Francisco em 2014, ele acabou dispensado em 2017, após demonstrar oposição a diversas posturas reformistas do Papa, sobretudo em temas ligados à família.

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