Ao menos 89 cristãos foram mortos na última semana no leste da República Democrática do Congo (RDC). Segundo a organização Portas Abertas, cerca de 70 fiéis foram assassinados durante um culto fúnebre na noite de segunda-feira (15), e o restante em ataques às aldeias de Potodu e Ntoyo, na região de Kivu do Norte.
A autoria foi reivindicada pelo grupo jihadista Forças Democráticas Aliadas (ADF), ligado ao Estado Islâmico na África Central. O grupo já havia sido responsabilizado por outros massacres recentes, como a morte de 49 cristãos em julho, em Komanda, e de 66 pessoas em Irumu.
Moradores relatam cenas de horror. O pastor Mbula Samaki contou a um parceiro da Portas Abertas: “Eles chegaram e começaram a matar. Quem tentou fugir foi baleado, outros foram mortos com facões”. Imagens verificadas pela imprensa internacional mostram mulheres e crianças entre as vítimas.
Fontes locais afirmam que muitos ataques não são noticiados. Só em agosto, pelo menos dez ações violentas da ADF foram registradas, algumas contra várias aldeias ao mesmo tempo. “As pessoas dizem: estamos cansados, quando isso vai acabar?”, relatou uma parceira da Portas Abertas que pediu anonimato por segurança.
O governo congolês tenta conter os jihadistas, mas moradores dizem que a resposta militar é insuficiente. Líderes cristãos pedem mais atenção internacional. “Não são números, são famílias destruídas. Todo ser humano merece viver”, disse um representante local.
A Casa Branca condenou o massacre e reafirmou o compromisso em apoiar os acordos de paz assinados em junho para tentar estabilizar a região, embora os confrontos continuem a se intensificar fora da cidade de Goma.
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