Policiais russos e agentes do setor de “combate ao extremismo” invadiram cultos batistas em áreas ocupadas da Ucrânia. As ações ocorreram em 8 de junho, em Krasnodon (Sorokyne), e em 10 de agosto, em Sverdlovsk (Dovzhansk).
As congregações atingidas fazem parte do Conselho de Igrejas Batistas, que se recusa a registrar oficialmente suas atividades. Por essa razão, autoridades russas classificam os encontros religiosos como ilegais.
Em Krasnodon, o pastor Vladimir Rytikov foi multado em julho por “atividade missionária” após conduzir um culto de Pentecostes em sua igreja não registrada. A multa equivale a mais de um mês de salário, embora ele seja aposentado. Seu recurso foi rejeitado no fim de agosto.
Na invasão em Sverdlovsk, policiais filmaram os fiéis, revistaram a casa onde a igreja se reúne e tiraram fotos de livros religiosos encontrados. A justificativa apresentada foi a suspeita de que haveria armas no local.
Outros casos de punição por “atividade missionária” foram registrados. Em junho, uma cristã foi multada e teve seus livros religiosos destruídos. Entre julho e agosto, ao menos quatro tribunais da região de Donetsk aplicaram novas multas a fiéis.
Além de igrejas protestantes, comunidades judaicas e católicas também foram penalizadas por não exibirem seus nomes oficiais em prédios ou publicações.
A ONU tem criticado essas práticas. Em relatório ao Conselho de Direitos Humanos, o secretário-geral António Guterres afirmou que nenhuma pessoa deve ser acusada ou presa apenas por praticar sua fé. Ele defendeu que grupos religiosos em territórios ocupados tenham acesso a seus templos e liberdade de culto. As informações e a foto são da Open Doors Team.
Portal Exibir Gospel