O papa Leão XIV afirmou, em entrevista divulgada nesta quinta-feira (18), que manterá as políticas do falecido papa Francisco, incluindo o acolhimento de católicos LGBT e a continuidade dos debates sobre ordenação feminina. A conversa foi concedida no fim de julho para uma biografia publicada pela editora Penguin Peru.
O pontífice, primeiro papa dos Estados Unidos, disse não planejar mudanças radicais na doutrina da Igreja. Ele também expressou preocupação com a crise humanitária em Gaza, mas evitou usar o termo genocídio em referência a Israel.
Leão XIV destacou que não pretende se envolver em disputas partidárias. Segundo ele, seria “impossível” o Vaticano intervir diretamente em questões internas de cada país. Ainda assim, mencionou apreensão com o ambiente político nos EUA e a repressão a migrantes.
Em maio, o papa já havia conversado com o vice-presidente americano, JD Vance, quando reforçou a importância da dignidade humana para todas as pessoas. Questionado sobre o presidente Donald Trump, ele preferiu não fazer críticas diretas.
O líder católico também reafirmou a condenação aos abusos sexuais dentro da Igreja, mas alertou para o risco de acusações falsas contra padres. Aos 70 anos, Leão XIV tem mostrado um estilo mais reservado do que Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos.
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