O teólogo e influenciador Caio Modesto afirmou em vídeo publicado nesta semana, nas redes sociais, que o ministério pastoral de mulheres surgiu a partir do avanço do movimento feminista no século XX. A fala ganhou grande repercussão online e dividiu opiniões entre evangélicos no Brasil.
No vídeo, Modesto diz que ideias ligadas ao feminismo passaram a influenciar debates religiosos. Segundo ele, a noção de que “o feminino é uma construção social” teria levado setores da igreja a rever limites históricos sobre o ofício pastoral. O teólogo afirma que, nessa lógica, a igreja seria vista como parte de uma “opressão cultural” ao manter o pastorado restrito aos homens.
Ele argumenta que essa mudança não teria base na tradição cristã, mas em pressões externas. Modesto destaca que textos bíblicos antes tratados como instruções universais passaram a ser lidos como reflexos do contexto da época. Para ilustrar, cita que, nos anos 1950 e 1960, surgiram as primeiras ordenações femininas em igrejas ocidentais, como o caso de Raquel Hederlich, em 1965, nos Estados Unidos.
O influenciador afirma ainda que teólogos conservadores alertaram para esse processo. No vídeo, ele menciona John Piper, dizendo que chamar mulheres de pastoras seria “enganoso”, porque o termo envolve autoridade espiritual e ensino público, funções que, segundo essa corrente, seriam exclusivas dos presbíteros homens. Modesto reforça que concorda com essa visão.
O teólogo defende que a igreja não deve ajustar seus ofícios conforme mudanças culturais. Em suas palavras, “não é a cultura que deve moldar a Bíblia”. A fala reacendeu o debate em um cenário onde parte das igrejas brasileiras rejeita o feminismo, inclusive denominações que ordenam mulheres.
Caio Modesto é teólogo, pregador e criador do canal Pregando as Escrituras, que tem mais de 1,5 milhão de inscritos no YouTube e reúne conteúdos de estudos bíblicos e apologética.
Assista:
https://www.instagram.com/p/DSIttyuEaj5/
