Fiéis de diversas partes do mundo se reúnem nesta terça-feira (6) para celebrar o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos, promovido pela Fundação Pontifícia ACN, com apoio da CNBB. A data marca o 11º ano consecutivo da mobilização por meio de paróquias e comunidades cristãs.
A escolha do dia lembra a fuga de cerca de 100 mil cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, em 6 de agosto de 2014. Perseguidos pelo grupo extremista Estado Islâmico, eles abandonaram suas casas durante a noite e caminharam horas a pé, sem água ou comida, apenas com a roupa do corpo.
Na manhã seguinte, a ACN iniciou uma das maiores ações emergenciais de sua história e passou a organizar a jornada de oração anual. Desde então, a data tornou-se símbolo da resistência da fé cristã diante da violência religiosa.
“Rezar é demonstrar importância ao tema e dar visibilidade contra a perseguição de quem, ainda hoje, paga um alto preço por acreditar em Jesus”, afirmou o Frei Rogério Lima, da ACN Brasil.
O chamado à oração ganhou força após o massacre de cerca de 200 cristãos na Nigéria, em maio. Em dois dias, dezenas de vilarejos foram atacados, casas e igrejas destruídas e famílias inteiras assassinadas ou forçadas a fugir.
No mês seguinte, em 15 de julho, cristãos foram novamente alvo na Síria. A igreja de São Miguel, na aldeia de Al-Sura, foi incendiada, e 38 casas de famílias cristãs destruídas. Ao menos 70 pessoas se refugiaram em um salão improvisado na região.
“Esta comunidade perdeu tudo”, relatou uma fonte local à ACN. “Eles já eram muito pobres e agora não têm mais nada.”
A série de ataques recentes inclui ainda o atentado à Igreja Ortodoxa de Santo Elias, em Damasco, no dia 22 de junho, que deixou 30 mortos e 54 feridos durante um culto dominical.
A ACN e seus parceiros esperam que a oração do dia 6 de agosto mantenha viva a lembrança dos que sofrem por causa da fé e ajude a despertar solidariedade entre os cristãos ao redor do mundo.
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