Em 16 de outubro, a equipe pastoral da Igreja Zion – uma rede de igrejas domésticas chinesas – publicou um pedido online de oração. Eles convocam igrejas e cristãos do mundo todo a intercederem por pastores, cooperadores, famílias, advogados e congregações cristãs que estão enfrentando severa perseguição em toda a China. Veja o pedido: “Queridos irmãos e irmãs, estamos enfrentando uma batalha espiritual muito real. O que está sendo reprimido não é apenas uma congregação ou um grupo de pessoas; é a Igreja na China como um todo, que está diante de uma encruzilhada histórica. Estamos clamando não apenas por paz, mas por avivamento. Não apenas por libertação, mas pela vinda do Reino de Deus”. Na última semana, diversos pastores e cooperadores ligados à Igreja Zion, foram presos ou tiveram sua liberdade pessoal restringida. Casas foram revistadas, locais de culto interditados e famílias cristãs mergulharam em dificuldades sem precedentes. O que é “Perseguição da igreja 10.9” na China? Desde o incidente de 9 de outubro de 2025 — agora chamado pelos cristãos chineses de “Perseguição da igreja 10.9” — foi confirmado que um total de 22 pessoas foram detidas. Treze mulheres e nove homens foram mantidos em dois centros de detenção na província de Guangxi, Sul da China. Entre os detidos estão pastores, pregadores regionais e cooperadores da igreja. Até o momento, alguns foram libertos ou receberam fiança aguardando julgamento. No entanto, a maioria continua sob custódia na China. Além disso, casas de pastores foram tomadas, bens pessoais confiscados e contas bancárias congeladas. A assistência jurídica aos pastores e líderes tem sido dificultada, e a situação continua a se agravar. As famílias dos detidos, seus advogados e irmãos na fé enfrentam grande pressão psicológica e física, mas continuam clamando por apoio. A Equipe Pastoral da Igreja Zion conclama a comunidade cristã a apoiá-los assim como à igreja na China por meio da oração neste momento crítico. A perseguição a cristãos na ChinaA China ocupa a 15ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.O cristianismo na China pode ser percebido e tratado de forma diferente, dependendo de onde é praticado – mas está sempre à mercê do Partido Comunista Chinês (PCC). Nos últimos anos, o governo tem tentado agressivamente garantir que toda expressão religiosa seja alinhada com a filosofia comunista chinesa oficial. Qualquer igreja ou líder de igreja que vá além disso pode enfrentar fortes restrições. As igrejas não registradas, mesmo as que antes eram toleradas, são consideradas ilegais e cada vez mais pressionadas, à medida que as autoridades buscam impor os regulamentos do PCC e endurecer as políticas sobre a liberdade religiosa. As igrejas aprovadas pelo Estado estão sob forte pressão ideológica, e as congregações menores são frequentemente forçadas a se fundir para fazer uma igreja maior que seja mais fácil para o Estado controlar.Menores de 18 anos são proibidos de frequentar a igreja. As igrejas registradas são cuidadosamente regulamentadas para garantir que nada do que elas promovem esteja fora das diretrizes do PCC. A vigilância e o monitoramento intenso de todos os líderes da igreja suspeitos são consequências de seguir a Jesus na China.Em regiões onde o islã ou o budismo tibetano são religiões majoritárias, os cristãos convertidos dessas religiões podem enfrentar pressão e vigilância maiores – e às vezes violência – da família e da comunidade.A Portas Abertas mantém um projeto para capacitar líderes de jovens da Igreja da China, para fortalecer cristãos chineses para que permaneçam firmes, apesar da perseguição severa que enfrentam. Para saber mais, acesse a campanha: capacitação de líderes de jovens.Pedidos de oração pela igreja na ChinaOre por proteção divina sobre todos os pastores, pregadores e cooperadores detidos. Interceda por consolo e provisão das famílias dos detidos e por aqueles cujas casas foram tomadas e que agora não têm acesso às suas residências. Peça a Deus que proteja e conceda sabedoria aos advogados que se dispuseram a defender os pastores e cristãos presos injustamente.
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