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08/01/2025

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Cientistas têm cultivado uma árvore semelhante ao bálsamo de Gileade

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Pesquisadores israelenses têm cultivado uma árvore a partir de uma semente de 1.000 anos, com características que a tornam semelhante ao lendário Bálsamo de Gileade, mencionado na Bíblia. O projeto, liderado pela pesquisadora Sarah Sallon, do Hospital Hadassah, começou em 2010, após a descoberta de uma semente em uma caverna no deserto da Judeia.

A semente, datada entre os séculos X e XIII, foi cuidadosamente plantada e germinada pela equipe de Sallon. A árvore, chamada Sheba, cresceu 3,6 metros, mas a pesquisa revelou que ela não é exatamente o Bálsamo de Gileade, como se acreditava inicialmente.

“Nos relatos antigos, as descrições variam”, explicou Sallon. “Antes da Era Comum, a planta era descrita como do tamanho de uma árvore. Mas, no primeiro século, o historiador romano Plínio, o Velho, a descreveu como um arbusto semelhante a uma videira.”

Apesar de não ser o Bálsamo de Gileade, Sheba pertence ao gênero Commiphora, que inclui plantas como o incenso e a mirra, com propriedades medicinais conhecidas. A árvore contém compostos como triterpenos e esqualeno, usados para tratamentos antioxidantes e de cura da pele.

A pesquisa de Sallon foca na recuperação de plantas antigas e suas propriedades terapêuticas. “Se Sheba não é o bálsamo da Judeia, é um parente próximo e um tesouro de compostos medicinais”, concluiu a pesquisadora.

Este não é o único projeto de ressurreição botânica conduzido por Sallon. Em 2005, ela e sua equipe conseguiram germinar sementes de tamareira de 2.000 anos, descobertas em escavações nas ruínas de Masada, também no deserto da Judeia.

A árvore, chamada Matusalém, foi cruzada com uma tamareira fêmea chamada Hannah, que produziu frutos 30% maiores do que os das tâmaras modernas. A pesquisa busca preservar e reintroduzir espécies antigas que desapareceram da região.

“Também trabalhamos para conservar essas plantas e, por meio da germinação de sementes antigas, tentamos reintroduzir aquelas que se tornaram localmente extintas em Israel”, explicou Sallon, destacando a importância da preservação de espécies botânicas.

Redação Exibir Gospel