O governo local envia vigias que procuram os cristãos
Mais de um ano após a tomada de Cabul, capital do Afeganistão, pelo Talibã e com a chegada do inverno na região, centenas de afegãos foram abandonados à própria sorte em acampamentos para refugiados no exterior. O país ocupa a primeira posição da Lista Mundial da Perseguição 2022, ou seja, é o local mais perigoso para cristãos desde o retorno do Talibã, o que resultou na saída de milhares de refugiados afegãos que buscaram asilo no exterior.
O cristão Jamal (pseudônimo) não come há dias por causa do medo e da ansiedade. Em novembro, enquanto buscava um cobertor para a irmã que vive em outro acampamento de refugiados, ele foi barrado por um grupo de homens. Eles o empurraram para um beco e disseram: “Foi aqui que matamos dois cristãos há dois anos. Conseguimos te dizer o lugar exato onde deixamos os corpos apodrecendo. Você quer ir para lá também?”.
“Sabemos no que você está envolvido e, se você não vier para as orações, garantimos que você e toda sua família serão mortos e empilhados aqui”, eles continuaram. Jamal contou para fontes locais da Portas Abertas que os homens eram vigias locais. São refugiados, mas trabalham para o governo do país que acolhe os refugiados.
Jamal conta que “eles denunciam pessoas que consideram suspeitas. A história que eles contaram sobre o assassinato de dois cristãos no beco é real e bem conhecida entre os refugiados”. Jamal e outros cristãos sabem que as ameaças não são infundadas.
Centenas de cristãos precisaram deixar o Afeganistão por causa da fé em Jesus. Eles deixam tudo para trás e passam fome, sede e enfrentam outras carências até que consigam adaptar-se nos acampamentos de refugiados no exterior. Sua doação garante o cuidado desses irmãos na fé que não têm com quem contar.
