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25/11/2024

Entretenimento

Evangélicos com baixa escolaridade estão entre os que mais compartilham fake news sobre vacina

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Um estudo recente intitulado “A Comunicação no Enfrentamento da Pandemia de Covid-19”, conduzido pelo Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS/UnB) em agosto, revelou que um grupo demográfico específico no Brasil tem uma tendência maior de compartilhar notícias falsas relacionadas a vacinas.

De acordo com este estudo, pessoas com idades entre 35 e 44 anos, com níveis de escolaridade abaixo do ensino médio, pertencentes às classes sociais D ou E, independentemente do sexo, e que frequentam igrejas evangélicas estão mais propensas a disseminar desinformação sobre vacinas.

O estudo, coordenado pelo pesquisador Wladimir Gramacho, líder do CPS/UnB, enfatiza que essa correlação não implica que todas as pessoas com essas características compartilhem automaticamente notícias falsas. No entanto, a pesquisa aponta que aqueles que compartilham informações incorretas sobre vacinas costumam se enquadrar nesse perfil demográfico.

Os resultados deste estudo destacam uma diferença notável em relação a estudos anteriores que analisaram a propagação de desinformação na internet. Em questões políticas, por exemplo, idosos tendem a compartilhar com mais frequência notícias incorretas. No entanto, no contexto das vacinas, o comportamento é distinto no Brasil, mesmo quando comparado a pesquisas realizadas em outros países.

Uma explicação possível para essa diferença é a socialização das gerações mais antigas no Brasil, que vivenciaram importantes avanços no Programa Nacional de Imunizações. Isso contribui para que as pessoas mais velhas tenham uma atitude mais positiva em relação às vacinas e sejam menos inclinadas a compartilhar informações incorretas sobre o assunto.

Exibir Gospel / Leiliane Lopes