Em meio à polêmica envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de São Paulo, que tem como foco o padre Júlio Lancellotti, uma campanha ganhou força nas redes sociais a favor da abertura de uma investigação contra as igrejas evangélicas. O tema “CPI das Igrejas Evangélicas Já” tornou-se um dos mais comentados nesta quarta-feira (10).
Os internautas, utilizando a plataforma X (antigo Twitter), argumentam que as igrejas evangélicas arrecadam milhões de reais em dízimos, mas, mesmo assim, são isentas de impostos. Alega-se que algumas instituições religiosas solicitam contribuições financeiras como requisito para a permanência dos fiéis na denominação, e há uma falta de controle fiscal rigoroso em relação à destinação dos valores arrecadados.
Uma das vozes que ampliaram a ideia é do professor e político Thiago Bagatin que focou seu discurso contra o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Ele publicou fotografias da viagem do pastor para Dubai e detalhes sobre sua residência de Malafaia que já foram compartilhadas nas redes sociais.
Bagatin alega que falta transparência sobre as arrecadações das instituições religiosas e critica o direito constitucional que isenta os templos de todas as religiões de alguns impostos federais.
“A isenção de impostos não pode servir de trampolim político para ninguém, para nenhum líder religioso. Além disso, muitos fiéis buscam na igreja um alento espiritual, não é justo que líderes religiosos se aproveitem desse sofrimento para ter algum tipo de ganho político, para manipular politicamente a fé alheia”, disse o professor.
Os internautas ainda apontam a ligação de instituições religiosas com esquemas de corrupção e o uso de igrejas para lavagem de dinheiro. “Já passou da hora de termos uma CPI das igrejas evangélicas. Vamos lembrar que a do MEC, apesar de ter sido protocolada, não saiu uma CPI, que era para apurar as propinas em ouro e construção de igreja com dinheiro público, geridas por Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos pastores”, destacou Henrique Palmiery, usuário do X, conforme escolha do jornal Correio Brasiliense.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes