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24/10/2024

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Medicina nos tempos bíblicos

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UNIVERSALIDADEDABIBLIA 

Naqueles tempos (assim como hoje) existiam os médicos formados em escolas altamente capacitadas o que equivaleria para a época a um curso superior, mas também havia os charlatões que ministravam porções mágicas e outras coisas mais. Quem necessitasse de um atendimento deveria confiar sua vida na mão de um médico, e eles eram muito mal vistos, pois, a medicina na época era muito limitada e não tinha cura para muitas doenças, o que o médico podia fazer na maioria das vezes era melhorar o padrão de vida de um enfermo, mas não curá-lo. Nos evangelhos, vemos que naquela época não faltavam os doentes, aonde Jesus ia, faziam-se filas de enfermos para serem curados. Também naquela época quem tinha melhores condições financeiras era melhor e mais rapidamente atendido, enquanto que os pobres morriam e acabavam vítimas de suas enfermidades. Algumas pessoas apreciavam os médicos, mas a maioria tinha medo ou desprezo por eles, muitos os achavam os piores criminosos da terra. Havia provérbios naquela época que mostravam bem isto:

a) Todos os médicos até mesmo os melhores mereciam o Geena (inferno).

b) Não more numa cidade governada por um médico.

c) Médico cura-te a ti mesmo (este era um ditado conhecido até entre os chineses, gregos, egípcios, etc., e foi usado pelo Senhor Jesus em Lucas 4:23).

d) Abençoados sejam os médicos que não cobram preços elevados. Havia também os céticos que não criam que os médicos pudessem curar, mas o fato é que já havia na época conhecimento para a cura de várias enfermidades. O honorário do médico era uma questão delicada, muitos achavam que eles não deviam cobrar pelo seu trabalho, o talmude expressa esta ideia. Os rabinos aconselhavam o povo que não utilizassem médicos caros demais. Havia um médico muito famoso chamado Uma que não cobrava por seus serviços, mas ele tinha uma caixa onde pedia que cada um colocasse lá o que poderia pagar.

Escolas de medicina

Havia muitas e boas escolas de medicinas. Israel tinha escolas em Tessalônica, Laodiceia e em outras cidades, mas a maior e melhor era a de Alexandria no Egito que foi fundada em 300 a.C. Os professores de Alexandria tinham muitas instruções específicas acerca de muitas enfermidades. O papiro médico de Edwin Smith contém muitas informações sobre conhecimentos médicos do antigo Egito, cita quarenta e oito tipos de lesões e seus tratamentos, indica também tratamentos para dez males em que se suspeitava ter havido lesões cerebrais. Para as fraturas já havia os moldes de gesso, o óleo de rícino era laxante, o uso de ervas medicinais era muito comum. Mas os médicos não eram todos clínicos gerais, pois já havia também os especialistas, que também viajavam para fazer cursos, dar aulas ou clinicar. Já havia os dentistas, psiquiatras, ginecologistas, obstetras, etc. Na Palestina o governo exigia do médico uma licença especial para clinicar, que era ignorada pela maioria. Era uma profissão muito difundida, pois em todas as cidades havia pelo menos um médico. Os rabinos exerciam a medicina também, e muitos deles estudavam medicina.

Operações

Havia também muitos instrumentos cirúrgicos, tais como: Serras, pinças, bisturis, grampos, etc. com os quais se faziam muitos tipos de cirurgias diferentes. Os judeus chegavam a remover cataratas dos olhos e cirurgias no cérebro através de aberturas quadradas no crânio. Muitas cirurgias cerebrais tinham sucesso. Muitos ossos já foram descobertos com placas de metal inseridos. A cirurgia mais comum era a circuncisão, todo menino ao completar o oitavo dia era circuncidado, a operação consiste na retirada do prepúcio, esta pequena cirurgia era feita com uma faca de pedra (pederneira) que era um instrumento de corte afiadíssimo como uma gilete. Mas as facas eram geralmente de metal. Em Gênesis 17:12 Deus ordena que a criança fosse circuncidada ao oitavo dia, o curioso é que isto está absolutamente correto no ponto de vista científico, pois é no oitavo dia que a criança já possui a quantidade de vitamina K (produzida pelo fígado) para que ocorra a coagulação do sangue. Como iriam saber disto? Deus revelou! Obs: Quando o Senhor Jesus disse em Mateus 12:5 que aos sábados os sacerdotes violam a lei e ficam sem culpa, ele se referiu a lei de Moisés que proibia o trabalho no sábado e a circuncisão, pois se o menino completa-se o seu oitavo dia no sábado, então a lei deveria ser desobedecida, pois deveriam trabalhar, catando lenha para acender fogo e ferver água para esterilizarem os equipamentos cirúrgicos, e depois da circuncisão também deveriam fazer os curativos no menino.

A anestesia

Eram drogas, tais como o ópio ou soníferos, que eram ministrados em mais ou menos quantidade dependendo da necessidade.

Próteses

Já faziam pernas e braços postiços, pois em muitos casos a medicina limitada da época somente achava a solução em uma amputação. Os rabis proibiam as pessoas de andarem com suas próteses no sábado, pois carregá-las poderia significar trabalho. Havia as dentaduras e os dentes postiços, e eram muito usados, pois os judeus gostavam muito de doce, o que estragava seus dentes rapidamente. Para amenizar as dores de dentes, os dentistas usavam o alho, raiz de parietária, esfregavam sal ou fermento nas gengivas para melhorar as dores. Os dentes postiços eram feitos de madeira, marfim, ossos, prata, ouro, etc.

Pesquisas

Muitos médicos e cirurgiões eram pesquisadores respeitados, um deles chamado Mar Samuel, inventou um aparelho com o qual podia examinar estômagos por dentro. Tais médicos utilizavam animais como cobaias, dissecavam cadáveres, etc.

Sangrias

Faziam-se muitas sangrias naquela época, porque muitos pensavam que as doenças estavam no sangue do paciente. Elas eram feitas com o auxílio de sanguessugas que eram colocadas em várias partes do corpo ou com pequenos cortes, eles pensavam que eliminando parte do sangue estariam eliminando parte da doença também. Esta prática perdurou até por volta de 1800 d.C., mas hoje em dia muitos médicos pensam em trazer de volta tal tratamento, pois a ciência já sabe que a saliva das sanguessugas contém um forte analgésico que age também sobre as dores do paciente, e também outras substâncias benéficas. Era até aconselhado que mensalmente se fizesse uma sangria para permanecer mais saudável, ou por prevenção.

Medicamentos

Para perda de peso era indicado o leite de cabra. Para alguns males orgânicos era indicado o mingau de cevada misturado a outros ingredientes. Verduras e legumes eram usados também no tratamento de enfermidades. Para impotência, a folha da mandrágora era a indicada. O mel era utilizado para dores de garganta, era também colocado diretamente sobre as feridas. Para dores no estômago utilizavam o alecrim, hissopo, arruda, erva de bicho, etc. Para irregularidades nas batidas cardíacas era indicado um copo de cevada com leite coalhado. O azeite e o vinho eram os remédios caseiros mais conhecidos, o bom samaritano aplicou óleo e vinho nos ferimentos. O vinho era também usado em casos de nervoso ou perturbação, pois possui um efeito relaxante. Paulo de Tarso receitou este remédio a Timóteo (1ª Timóteo 5:23).

Médicos respeitados

Muitos médicos eram amados pelo povo, tal como Lucas o médico amado; muitos deles eram chamados de anjos de Deus. Estes eram chamados para servirem de testemunhas em tribunais em julgamentos. Também presenciavam execuções de condenados para verificarem se estava tudo sendo feito de modo correto.

Farmácias

Os farmacêuticos na época fabricavam medicamentos, cosméticos, perfumes, tinturas de cabelo, preservativos e outras substâncias. Muitos enfermos os procuravam direto por não poderem pagar os médicos, então seriam duas despesas, o médico e o remédio. Os preservativos eram feitos com a membrana do intestino do porco, um dos lados era amarrado firmemente com um nó, e segundo conta a história Cleópatra já os usava no Egito, os judeus não os usavam, mas as mulheres gregas e romanas usavam como ferramenta de planejamento familiar

Fonte :https://www.universalidadedabiblia.com.br/medicina-nos-tempos-biblicos