A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, no dia 2 de julho, a investigação contra o pastor Flávio Amaral, acusado de praticar homotransfobia em redes sociais e palestras. Ele foi indiciado por crimes resultantes de preconceito. O caso foi enviado ao Ministério Público.
Segundo a polícia, Amaral fez diversas falas ofensivas nas redes sociais, incluindo ataques à deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Em um dos discursos, disse que ela “não era incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não vira mulher, mulher nasce mulher”.
O pastor também publicou conteúdos sugerindo “cura gay” e chamou pessoas LGBTQIA+ de “filhos da ira e da perdição”. Em depoimento, afirmou que os comentários foram por “questões pessoais”.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (DECRIN). O Ministério Público do DF vai analisar se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva o inquérito.
Flávio Amaral tem 48 anos, nasceu em Brasília e vive atualmente em Itanhaém (SP). Nas redes, se descreve como “ex-travesti” e “liberto da homossexualidade”. É pastor da igreja evangélica Ministério Liberto Por Deus.
Ele ainda é alvo de investigação por transfobia e tortura após denúncia da deputada Erika Hilton e da vereadora Amanda Paschoal (PSOL-SP). O caso foi motivado pelo suicídio de uma jovem trans de 22 anos que passava por um processo de “cura gay” sob influência do religioso.
Redação Exibir Gospel