A promulgação da lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel, que passa a ser celebrada em 9 de junho, gerou surpresa em alguns setores, que interpretaram o ato como uma ação isolada do atual governo federal para acenar aos evangélicos. Contudo, o pastor Geremias Couto, da Assembleia de Deus, destacou que a história do projeto vai muito além da esfera presidencial, e está fortemente ligada à Assembleia de Deus e ao trabalho de um parlamentar cristão.
O projeto é de autoria do deputado federal Raimundo Santos (PSD-BA), que faz parte da igreja-mãe em Belém, no Pará. “A proposta do deputado foi valorizar a música gospel ou evangélica, reconhecendo sua importância cultural no Brasil”, explicou o pastor. Couto ainda reforça que muitos hinos tradicionais da música cristã brasileira foram influenciados pela música gospel americana, que incorporou elementos do blues e do jazz, uma justificativa que consta no próprio projeto de lei.
Além disso, o pastor frisou a escolha da data para a celebração, 9 de junho, como um ponto de grande simbolismo. “A data foi escolhida por ser o dia do nascimento de Frida Vingren, esposa de Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembleia de Deus. Frida, além de multi-instrumentista, foi uma das grandes responsáveis pela composição de hinos da Harpa Cristã, nosso hinário oficial”, disse Geremias Couto. Segundo ele, 23 hinos da Harpa Cristã foram compostos ou traduzidos por Frida Vingren, o que torna a homenagem mais que justa.
Outro aspecto importante ressaltado pelo pastor é o processo legislativo que culminou na promulgação da lei. “O projeto de lei foi apresentado em 23 de junho de 2023 e seguiu todos os trâmites no Congresso Nacional, sendo aprovado por unanimidade tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado”, explicou o pastor. Ele destacou que a promulgação, realizada pela Presidência, apenas oficializou uma lei que já havia passado por todas as instâncias necessárias. “Isso teria acontecido com qualquer outro presidente no poder”, afirmou Couto.
Redação Exibir Gospel
