Em meio às preparações para as eleições municipais e de olho no pleito de 2026, o Partido dos Trabalhadores (PT) volta sua atenção para o eleitorado evangélico. É isso que diz uma reportagem publicada pela revista Isto É.
A maior dificuldade do partido é conquistar o grupo religioso que, anteriormente próximo dos governos petistas, aderiu ao bolsonarismo nos últimos anos, causando incômodo à esquerda brasileira que não sabe como reconquistá-los.
Lula, demonstrando insatisfação, reconheceu as dificuldades do PT em conquistar o apoio dos evangélicos, apesar de contar com parlamentares e apoiadores que professam a fé. Durante a conferência eleitoral do partido, realizada em Brasília no último dezembro, o presidente ressaltou a necessidade de compreender e dialogar com esse público.
O descontentamento de Lula ganhou destaque após a divulgação de uma pesquisa Datafolha que reforçou a desconfiança das lideranças evangélicas em relação ao PT. Com 28% do eleitorado brasileiro, os evangélicos mostram uma reprovação de 38% ao presidente, enquanto entre os católicos esse índice é de 28%.
Diante desse cenário, Lula ordenou ao PT e seu governo a elaboração de estratégias para se aproximar dos evangélicos. No entanto, parlamentares evangélicos afirmam, sob anonimato, que ainda não foram convidados para debater a questão na Frente Parlamentar Evangélica.
Os evangélicos têm pautas específicas, como a oposição à ampliação das possibilidades de realização de abortos, a rejeição à cobrança de impostos sobre o funcionamento de templos e a discordância quanto à obrigatoriedade de vacinação infantil. O diálogo entre o PT e esse grupo enfrenta obstáculos devido à falta de avanços concretos e cedências em relação a essas controvérsias.
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